Artigo de Periódico
Mefloquina no tratamento da leishmaniose cutânea em uma área endêmica de Leishmania (Viannia) braziliensis
Fecha
1999Registro en:
0037-8682
v. 32, n. 5.
Autor
Laguna-Torres, Victor Alberto
Silva, Carlos A. C.
Correia, Dalmo
Carvalho Filho, Edgar Marcelino de
Magalhães, Albino V.
Macêdo, Vanize de Oliveira
Laguna-Torres, Victor Alberto
Silva, Carlos A. C.
Correia, Dalmo
Carvalho Filho, Edgar Marcelino de
Magalhães, Albino V.
Macêdo, Vanize de Oliveira
Institución
Resumen
O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia da mefloquina numa região endêmica de leishmaniose cutânea por Leishmania (Viannia) braziliensis, considerando que esta droga de administração oral, eficaz no tratamento da malária, com meia vida prolongada e efeitos colaterais pouco freqüentes poderia ser menos tóxica e de mais fácil administração, quando comparada com os antimoniais pentavalentes. Em Corte de Pedra, no litoral sul do Estado da Bahia, foram tratados, aleatoriamente, dez pacientes portadores de lesões leishmanióticas, subdivididos em dois grupos. O primeiro grupo recebeu mefloquina pela via oral, dose de 250mg/dia, durante seis dias, repetindo-se o mesmo esquema após intervalo de três semanas. O segundo grupo recebeu antimoniato de meglumina (Glucantime®) diariamente, pela via endovenosa, na dose de 20mg/kg por 20 dias. Do grupo da mefloquina só um paciente apresentou cicatrização depois do segundo ciclo. Um desses, com quatro lesões apresentou nova lesão durante o primeiro ciclo de tratamento. A evolução dos outros três foi lenta sendo que em nove semanas nenhum deles tinha cicatrizado as úlceras que permaneciam com grande infiltração e sinais evidentes de atividade. O grupo tratado com Glucantime® apresentou evidente melhora.