Artigo de Periódico
Síndrome da meningite asséptica por enterovírus e Leptospira sp em crianças de Salvador, Bahia
Fecha
2002Registro en:
0037-8682
v. 35, n. 2.
Autor
Silva, Hagamenon R.
Tanajura, Gustavo Mustafá
Tavares-Neto, José
Gomes, Maria de Lourdes Contente
Linhares, Alexandre da Costa
Vasconcelos, Pedro Fernando da Costa
Ko, Albert Icksang
Silva, Hagamenon R.
Tanajura, Gustavo Mustafá
Tavares-Neto, José
Gomes, Maria de Lourdes Contente
Linhares, Alexandre da Costa
Vasconcelos, Pedro Fernando da Costa
Ko, Albert Icksang
Institución
Resumen
Objetivando verificar a freqüência de enterovírus (EV), leptospiras e arbovírus como agentes causais da síndrome da meningite asséptica (SMA), em períodos não-epidêmicos, e comparar os pacientes com e sem diagnóstico etiológico determinado, foram selecionados 112 pacientes de idade entre 3 meses e 15 anos, com suspeita clínica de SMA, referenciados para Hospital Couto Maia, especializado em Doenças Infecciosas e Parasitárias (Salvador, Bahia), Em 44,6% (n=50) a etiologia foi determinada: enterovírus em 37,7% (n=42) dos casos, pelo teste de PCR Amplicor, por cultura do líquor e/ou de fezes; a Leptospira sp. em 7,1% (n=8), pelo método da micro-aglutinação, e nenhum caso de arbovírus foi detectado (inibição da hemaglutinação passiva). Entre os 14 enterovírus dos 22 isolados, foram identificados seis diferentes sorotipos, sendo o Echovirus-4 predominante (27,2%; 6/22) entre outros (Coxsackie B2, B3, B6 e B9; EV 71). Conclui-se que, os enterovírus foram os agentes mais freqüentes, e que a leptospirose deve ser lembrada no diagnóstico diferencial da SMA. Uma vez que as características clínicas e liquóricas dos pacientes dos grupos com e sem determinação do agente etiológico foram semelhantes, pode-se supor que o diagnóstico presuntivo de SMA é de provável etiologia viral ou pela leptospira.