Artigo de Periódico
O Cráton Do São Francisco Na Bahia: Uma Síntese
Fecha
2003Registro en:
2177-4382
33(1)
Autor
Barbosa, Johildo Salomão Figueirêdo
Sabaté, Pierre
Marinho, Moacyr Moura
Barbosa, Johildo Salomão Figueirêdo
Sabaté, Pierre
Marinho, Moacyr Moura
Institución
Resumen
No Cráton do São Francisco na Bahia, no final do Paleoproterozoico, colisões de segmentos crustais promoveram sucessivos mecanismos tectonicos que colocaram, lado a lado, unidades de rochas arqueanas (Ex: Bloco do Gavião e antigos nucleos TTGs, seqüências metassedimentares Contendas Mirante, Umburanas e Mundo Novo, Complexos Jequié e Mairi, Nucleo Serrinha, etc.) com unidades de rochas formadas no início do Paleoproterozóico (Ex: Grupo Jacobina, Greenstone Belts do Rio Itapicuru e Capim, etc.). O metamorfismo associado reequilibrou estas rochas de diferentes idades nas fácies granulito, anfibolito e xisto-verde, constituindo cinturões móveis polideformados como os de Itabuna, Salvador-Curaçá e Salvador-Esplanada. No Mesoproterozóico este embasamento metamorfico foi truncado por um rift abortado, orientado N-S, e onde foram depositadas as rochas do Supergrupo Espinhaço, as quais extravasaram para as suas margens como coberturas suaves. Sobre estas rochas e em parte do embasamento arqueano/paleoproterozoico acumularam-se sedimentos glaciais e pelítico-carbonáticos, paraplataformais neoproteerozóicos do Supergrupo São Francisco. No fim do Proterozóico, colisões nas margens do Cráton formaram os cinturões dobrados Sergipano (parte nordeste), Riacho do Pontal-Rio Preto (parte norte), Brasília-Rio Grande (partes oeste e sul) e Araçu aí (parte leste). Durante a separação Brasil-África, no Cretáceo, originou-se a Bacia do Recôncavo, um rift abortado. No Paleozóico, extensa cobertura plataformal ocorreu por quase todo o cráton e seus terrenos adjacentes. Durante o final do Jurássico e inicio do Cretáceo desenvolveu-se o importante sistema de rifts (Reconcavo-Tucano) conectado com a fissão da Pangea.