Artigo de Periódico
Desempenho funcional de crianças com paralisia cerebral diparéticas e hemiparéicas
Fecha
2008Registro en:
2236-5222
v.7, n.1
Autor
Marinho, Ana Paula S.
Souza, Mayana de A. B. de
Pimentel, Adriana M.
Marinho, Ana Paula S.
Souza, Mayana de A. B. de
Pimentel, Adriana M.
Institución
Resumen
Na Paralisia Cerebral (PC), o ideal é associar o desempenho funcional com características topográficas e alterações de
tônus. Entretanto, grande parte da bibliografia descreve apenas a doença e suas conseqüências, e, quando se avalia o
desempenho funcional, não se consideram as diferenças existentes nos tipos de PC ou se utiliza apenas um tipo. Na
literatura, foi encontrada apenas uma referência bibliográfica que diferencia diparéticos e hemiparéticos quanto ao seu
autocuidado, e nenhuma que compare a mobilidade entre eles. Este trabalho teve por objetivo avaliar a relação do
desempenho funcional de crianças com PC diparéticas e hemiparéticas. Para tanto, fez-se um estudo transversal com
portadores de PC diparéticos e hemiparéticos espásticos, de ambos os sexos, de três a sete anos, que estavam realizando
fisioterapia. Excluíram-se crianças que não andavam e (ou) com déficit cognitivo. Foram realizadas entrevistas com
cuidadores, utilizando-se a parte 1 (desempenho funcional nas áreas de autocuidado e mobilidade) do Inventário de
Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI), assim como um questionário com dados pessoais das crianças. Utilizou-se
programa BioEstat 4.0, e o teste estatístico Mann-Whitney, para verificação da associação proposta. Aceitou-se á £ 0,05
como inferência estatística. A amostra foi composta de 40 crianças, 22 diparéticas e 18 hemiparéticas. A maioria era do
sexo feminino (53%) e realizava tratamento associado à fisioterapia (88%). A área de autocuidado (p=0,16) não
apresentou diferença entre os grupos. Todavia mobilidade, (p=0,02) sugere que o grupo hemiparético possui melhor
desempenho funcional. Concluiu-se que os hemiparéticos possuem melhor mobilidade que os diparéticos, enquanto
que, no autocuidado, não se observou diferença estatística entre os grupos.