dc.description.abstract | Busca-se, neste artigo, elucidar as estratégias e os instrumentos
de gestão municipal do sistema de parques públicos
em Salvador-Bahia, a partir da análise do Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano e Ambiental, apontando para possíveis
contradições e paradoxos entre as políticas recentes
de requalificação urbana e as diretrizes e determinações contidas
no PDDUA. São analisados a distribuição espacial da
cobertura vegetal e seu “valor ecológico” no território municipal
e a classificação das unidades de conservação no município,
bem como as políticas de requalificação urbana empreendidas
pelas gestões municipais ao longo das duas últimas
décadas. A análise dos exemplos ao longo do artigo
mostra que, embora os parques públicos sejam abordados
tanto sob a ótica ambiental como sob a ótica do lazer no Plano
Diretor, prevalece a última lógica como diretriz das políticas
de requalificação urbana desses equipamentos nos limites
do município. Ao final do artigo, enfatiza-se a centralidade
da questão da acessibilidade – física e simbólica – e da distribuição
espacial dos espaços públicos de natureza para uma
discussão acadêmica profunda, que possa fundamentar em
outras bases a gestão dos parques públicos no território municipal,
a partir de uma análise crítica das idéias de desenvolvimento
sustentável e sustentabilidade. | |