Tesis
A virtude socrática como fundamento de uma ética do cuidado de si
Fecha
2014Autor
Madarasz, Norman Roland
Resumen
This study aims at understanding how ethics of The Care of the Self by Socrates would instigate men to self-examination. How did The Care of the Self contribute for improvement of the soul. Socrates everlasting search for self-knowledge by men, consequently achieving virtue – knowledge – science. Psyche (soul) suffered an enormous transformation in comparison with the concepts of the word before Socrates. However, the main change consisted that the soul was the essence of men, with several consequences, such as search for human interior improvement. For Socrates, soul and body were distinct elements, however are part of unity and not something dual. The subject of the destiny of the soul was a platonic discovery, since Socrates did not have a metaphysical conception of the world, such as Platon suggested. Objectively, Socrates did not have interest in knowing what would be the destiny of the soul, since his ethics was centered in the integral man. The ethics of The Care of the Self made the individual capable, improved to face the major challenges in life. This would happen since he would be innerly capable to his self-examination. Hadot and Foucault studied the concept of epiméleia heautoû and in both there is the link of The Care of the Self with the practice of spiritual exercise. Nietzsche critics the Socratic morality and every form of religiosity. However, Hadot deals with the lovely hate of Nietzsche and Socrates. Also, from Nietzsche comes the nihilism, treated in the last chapter, when the traditional values lose their references; life loses meaning; there is no explanation of why? The present study tries to examine how Socratic ethics may be relevant for contemporary society. Esta pesquisa visa compreender como a ética do Cuidado de Si em Sócrates incitava aos homens que se auto-examinassem a si mesmos. Como o cuidado de si contribuiu para que o homem atingisse o aperfeiçoamento da alma. A busca incessante de Sócrates para que o homem se conhecesse a si mesmo, consequentemente, chegasse à virtude - conhecimento, ciência. A psyche (alma) sofreu uma enorme transformação na comparação com a conceituação do termo antes de Sócrates. Entretanto, a principal mudança consistia que a alma era a essência do homem, isto gerava muitas consequências, como a busca pelo aperfeiçoamento do interior humano. Para Sócrates, a alma e o corpo eram elementos distintos, com funções distintas, mas sempre fizeram parte de unidade e não de um dualismo. A questão do destino da alma foi uma descoberta platônica, visto Sócrates não uma concepção metafísica de mundo, conforme aquela criada por Platão. Objetivamente, Sócrates não tinha interesse em saber qual seria o destino da alma, pois sua ética centrava-se no homem integral. A ética do cuidado de si tornava o indivíduo plenamente preparado para enfrentar os maiores desafios proporcionado pela vida. Pois ele estaria habilitado interiormente devido ao seu autoexame. Hadot e Foucault pesquisaram sobre o conceito de epiméleia heautoû e em ambos existe a vinculação do cuidado de si com a prática dos exercícios espirituais. Nietzsche critica a moralidade socrática e toda forma de religiosidade. Mas existe algo trabalhado por Hadot, que é ódio amoroso de Nietzsche por Sócrates. Também de Nietzsche vem a questão do niilismo tratado no último capítulo, quando os valores tradicionais perdem os seus referenciais; a vida perde o sentido; não se tem uma explicação do por quê? Enfim, a pesquisa busca examinar como a ética socrática pode ser relevante na sociedade contemporânea.