dc.description.abstract | This study presents an analysis of the external sandhi rules in Italian. According to Bisol (1996a, 1996b, 2003), the sandhi resyillabification is a process which occurs at the juncture of two lexical items, motivated by the shock of syllabic nuclei. The deletion of one syllable results in floating elements, which are prosodically licensed, generate sandhi phenomena: degemination, elision and diphthongization. The aspects to be examined are: the role of the phonological phrase main stress and the role of morphology in the process. In Italian diphthongization, elision and degemination freely occur when the two vowels are unstressed, but faces two obstacles: the frasal main stress and plural morpheme. This study shows that the blocking of sandhi is not the word stress, but the phrasal stress. Therefore, this study is limited to the words borders within the phonological phrase. In Italian, the sandhi phenomena were objects of studies Nespor (1987, 1990, 1993) and Nespor and Vogel (1982, 1986) in light of the Prosodic Theory and Garrapa (2006, 2007) in light of the Optimality Theory. In Brazilian Portuguese, sandhi phenomena were studied by Sousa da Silveira (1971), Bisol (1996a, 1996b, 2003), Tenani (2002), among others. This work is based on principles of Prosodic Theory and the Theory of Optimality. The first specifically defines the domain of phonological phrase and the second provides a set of constraints, among them those named Faithfulness, that control the relationship between input and output and those named Markedness that refer to the proper formation of the output. To account for these results, we need the local conjunction proposed by Bisol (2003) for Brazilian Portuguese, which is responsible for controlling the sandhi at word limits, where the second vowel carries the phrasal stress and the constraint MaxMorphPl to control the role of the Italian plural morphology. We argue that the interaction between phonological and morphological constraints is responsible for mapping the results in the Italian language. | |
dc.description.abstract | Este estudo apresenta uma análise do sândi em italiano em fronteira de palavras. Segundo Bisol (1996a, 1996b, 2003), o sândi é um processo de ressilabação, que ocorre na juntura de dois itens lexicais, motivado pelo choque de núcleos silábicos. Do apagamento de uma das sílabas resultam elementos flutuantes que, ao serem licenciados prosodicamente, geram fenômenos de sândi: degeminação, elisão e ditongação. Os aspectos a serem analisados são o papel do acento principal da frase fonológica e o papel da morfologia no processo. Em italiano, a ditongação, a elisão e a degeminação ocorrem livremente, quando duas vogais são átonas; no entanto, se a segunda vogal for portadora de acento principal, a elisão e a degeminação são bloqueadas. Frases bloqueadas, se reestruturadas pelo acréscimo de uma palavra, sobre a qual recai o acento principal, ficam liberadas para a aplicação da regra. No entanto, outro obstáculo existe no italiano, pois a primeira vogal da sequência VV pode ser morfema de plural, o qual tende a ser preservado. Esta pesquisa limita-se ao contexto de fronteira de palavras lexicais dentro da frase fonológica, considerando a sua possível reestruturação. Em língua italiana, os fenômenos de sândi foram objeto de estudos de Nespor (1987, 1990, 1993) e Nespor e Vogel (1982, 1986), na perspectiva da teoria prosódica e de Garrapa (2006, 2007) na perspectiva da OT. No português brasileiro, os fenômenos de sândi foram estudados por Sousa da Silveira (1971), Bisol (1996a, 1996b, 2003), Tenani (2002), entre outros. Este trabalho fundamenta-se nos princípios da Teoria Prosódica e da Teoria da Otimidade. A primeira define especificamente o domínio da frase fonologia e a segunda provê um conjunto de restrições, entre as quais, as de fidelidade que controlam a relação entre input e output e as de marcação que se referem à boa formação do output. Para dar conta desses resultados, valemo-nos da restrição conjunta proposta por Bisol (2003) para o português brasileiro, responsável por controlar o sândi vocálico em limite de palavras, em que V2 é portadora de acento frasal e, para controlar o papel da morfologia dos plurais do italiano propomos uma hierarquia na qual a restrição MaxMorphPl ocupa um lugar alto no ranqueamento. Argumentamos que a interação entre restrições fonológicas e morfológicas é responsável pelo mapeamento dos resultados no italiano. | |