Tesis
Análise da função muscular em idosas com e sem fibromialgia
Fecha
2012Autor
Schwanke, Carla Helena Augustin
Resumen
INTRODUCTION: The musculoskeletal system has an important function of supporting the body and losses related to its function interfere with its functional capacity, giving the elderly an increased risk of dependency, frailty and falls. Fibromyalgia is characterized by chronic muscle pain associated with sleep disturbance and fatigue which lead the affected individual to a loss of quality of life, and its predominant characteristics are linked to the musculoskeletal system. OBJECTIVE: To analyze the characteristics of muscle function in elderly women with and without fibromyalgia by assessing the strength by isometric and isokinetic peak torque of knee extensors and flexors and vastus lateralis muscle architecture. METHODS: We recruited, by a newspaper with largest circulation in Rio Grande do Sul, women aged 60 years or over who did not do physical activity regularly. The volunteers were divided into two groups: fibromyalgia (n = 13 - diagnosed according to Colégio Americano de Reumatologia (Rheumatology American School) by a physiatrist from the Serviço de Fisiatria do HSL-PUCRS (Physical Medicine Service of HSL-PUCRS) and without fibromyalgia group (n = 13 - matched for age, height and mass body weight). The isometric and isokinetic torques were obtained from the Biodex System 3 Pro with the hip in 90° of flexion and extension torque and knee flexion evaluated at 70 and 90 degrees. In order to evaluate the muscle architecture a SSD400 ultrasound was used by a probe of a linear array of 40 mm and frequency of 7. 5 MHz and images were obtained in the sagittal plane at 50% of the vastus lateralis. The research project was approved by the Research Institute of Geriatrics and Gerontology and by the Committee of Research Ethics of PUC, Catholic University of Rio Grande do Sul, (letter No 1583/09). All participants signed a consent form. Statistical analysis did not detect any evidence that these variables did not show a normal distribution. Thus, inter and intra group comparisons tests were used for parametric lines. Statistical analyzes confirmed the homogeneity of the sample and the data were statistically analyzed by SPSS 13. 0 software with a significance level of 5%.RESULTS: The average age of women was 65. 7 years old. For the isometric torque of knee flexors at angles of 70º and 90° in relation flexor-extensor torque of the knee in 90°, the maximum isokinetic torque of knee flexors at 60°/ s in the relation flexor-extensor isokinetic torque knee we found significant differences whereas the values of the women with fibromyalgia were lower than those ones without it. Since the isometric torque of knee extensors at angles of 70° and 90°, the normalized peak torque (90°/70°) of knee extensors, the torque flexor-extensor of the knee in 70°, the maximum torque of isokinetic knee extensors at 60°/s, the length of the fascicles of the vastus lateralis muscle and the pennation angle of the vastus lateralis showed no difference between elderly with and without fibromyalgia. CONCLUSION: The findings suggest that the changes in elderly women with fibromyalgia are related to muscular adaptations related to disuse and deconditioning imposed by the painful symptoms caused by this syndrome. INTRODUÇÃO: o sistema músculo-esquelético apresenta uma função importante de sustentação corporal e as perdas relacionadas a sua função interferem na capacidade funcional, conferindo ao idoso um risco aumentado de dependência, fragilização e quedas. A fibromialgia caracteriza-se por dor muscular crônica associada com distúrbio do sono e fadiga que levam o indivíduo acometido a uma perda de qualidade de vida, sendo suas características predominantes vinculadas ao sistema músculo-esquelético. OBJETIVO: analisar as características da função muscular de idosas com e sem fibromialgia através da avaliação da força pelo torque máximo isométrico e isocinético dos extensores e flexores do joelho e a arquitetura muscular do vasto lateral.MÉTODOS: foram recrutadas, por chamado divulgado em jornal de grande circulação no Rio Grande do Sul, mulheres com 60 anos ou mais, não praticantes de atividade física regular. As voluntárias foram divididas em dois grupos: grupo fibromiálgicas (n= 13 - diagnosticadas segundo o Colégio Americano de Reumatologia por uma fisiatra do Serviço de Fisiatria do HSL- PUCRS) e grupo sem fibromialgia (n= 13 - pareadas para idade, altura e massa corporal). Os torques isométrico e isocinético foram obtidos por meio do Biodex System 3 Pro com o quadril em 90° de flexão e os torques de extensão e flexão do joelho avaliados em 70 e 90 graus. A fim de avaliar a arquitetura muscular foi utilizado um aparelho de ultra-som SSD400 por meio de uma sonda de arranjo linear de 40 mm e freqüência de 7,5 MHz, sendo as imagens obtidas no plano sagital no nível de 50% do vasto lateral. O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissão Científica do Instituto de Geriatria e Gerontologia e pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (ofício n° 1583/09). Todas as participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Na análise estatística não foram detectadas evidências de que as variáveis estudadas não apresentaram uma distribuição normal. Desta forma, nas comparações inter e intra grupos foram utilizados os testes de alinha paramétrica. As análises estatísticas confirmaram a homogeneidade da amostra estudada e os dados receberam tratamento estatístico do software SPSS 13. 0 com nível de significância de 5%.RESULTADOS: a média de idade das idosas foi de 65,7 anos. Para o torque isométrico dos flexores do joelho nos ângulos de 70° e 90°, na relação torque flexor extensor do joelho em 90°; no torque isocinético máximo dos flexores do joelho em 60°/s, na relação torque isocinético flexor-extensor do joelho, encontrou-se diferença significativa, sendo os valores das idosas fibromiálgicas menores que os das sem fibromialgia. Já o torque isométrico dos extensores do joelho nos ângulos de 70° e 90°, o torque máximo normalizado (90°/70°) dos extensores do joelho, a relação torque flexor-extensor do joelho em 70°, o torque isocinético máximo dos extensores do joelho em 60°/s, o comprimento dos fascículos musculares do vasto lateral e o ângulo de penação do vasto lateral não apresentaram diferença entre as idosas com e sem fibromialgia. CONCLUSÃO: os achados deste estudo sugerem que as alterações apresentadas pelas idosas com fibromialgia estão relacionadas às adaptações musculares relacionadas ao desuso e ao descondicionamento físico imposto pelos sintomas dolorosos decorrentes desta síndrome.