masterThesis
Dieta ocidentalizada na vida perinatal: estudo em ratos do comportamento alimentar em função dos horários de restrição temporal de alimento
Dieta ocidentalizada na vida perinatal: estudo em ratos do comportamento alimentar em função da restrição temporal de alimentos
Autor
ARAÚJO, Nathália Cavalcanti de Morais
Institución
Resumen
Mudanças na composição dietética ou energética durante o período crítico de desenvolvimento (gestação e lactação) de ratas da linhagem Wistar, ou ainda, nos horários das refeições, podem contribuir para as alterações dos parâmetros metabólicos e comportamentais nos seus descendentes. Assim, o estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da restrição do alimento durante 8h da fase escura do ciclo 24hs por 8 semanas e/ou da alimentação materna durante a gestação e lactação sobre o ritmo e comportamento alimentar, além de parâmetros metabólicos. Inicialmente utilizou-se 43 ratos machos da linhagem Wistar que aos 60 dias de vida formaram 4 grupos: C- Grupo Controle; Cr- Grupo Controle Restrito O- Grupo Dieta Ocidentalizada durante a gestação/lactação; Or- Grupo Dieta ocidentalizada durante a gestação e lactação Restrito. Os parâmetros avaliados foram: peso corporal, ritmo de consumo alimentar, curva glicêmica de 24 horas, teste oral de tolerância à glicose (TOTG), sequência comportamental de saciedade (SCS), parâmetros bioquímicos, peso de órgãos e gordura abdominal. Nos resultados destaca-se a ausência de diferença de peso corporal nos grupos privados comparados aos controles (C = 328,8 g; Cr = 322,4 g; O = 374 g; Or = 350,2 g), apesar da significante redução da ingestão alimentar (grupos privados tiveram ingestão global diária 49% menor em relação em controle) e elevada gordura abdominal (C = 1,88 g; Cr = 2,36 g; O = 3,56 g; Or = 3,12 g). Observou-se também alteração no TOTG com evidente mudança na glicemia (C = 138,7 mg/dL; Cr = 146,9 mg/dL; O = 183,1 mg/dL; Or = 164,2 mg/dL) e lipemia do grupo cuja mãe se alimentou de dieta ocidentalizada na gestação e lactação (C = 27,1 mg/dL; Cr = 35,66 mg/dL; O = 45,97 mg/dL; Or = 46,8 mg/dL). Na SCS foi nítida a diferença na taxa de alimentação (C =1,14 Kcal/min; Cr = 1,03 Kcal/min; O = 2,3 Kcal/min; Or = 3,63 Kcal/min) e da duração da refeição (C =18,97 min; Cr = 15,41 min; O = 6,54 min; Or = 7,14 min) entre os grupos oriundos de dieta ocidentalizada apenas no início da vida. Com base nos resultados, pode-se concluir que a dieta ocidentalizada ingerida pelas mães na gestação e lactação influencia em longo prazo parâmetros do metabolismo e do comportamento alimentar. Estas mudanças podem ser responsáveis por distúrbios alimentares e riscos de desenvolvimento de doenças relacionadas ao metabolismo energético. FACEPE Changes in the dietary or energetic composition during the critical period of development in Female Wistar rats, and also, at meal times, may contribute to the metabolic and behavioral alterations in the offspring.Thus, the study aimed to evaluate the effects of food restriction during 8h of the dark phase of the 24h cycle for 8 weeks and/or of maternal feeding during gestation and lactation on the rhythm and feeding behavior, as well as subsequent metabolic outcomes. Initially 43 male Wistar rats were used, which at 60 days of life formed 4 groups: C- Control Group; Cr-Time Restricted Control Group; O- Westernized Group during gestation/lactation; Or- Time Restricted Westernized Group during gestation and lactation with deprivation. The parameters observed were: body weight, food consumption rhythm, 24-hour glycemic curve, oral glucose tolerance test (OGTT), behavioral satiety sequence (BSS), standard biochemic, organ weight and abdominal fat. Our results highlight the absence of a difference in body weight in the private groups compared to controls (C = 328.8 g, Cr = 322.4 g, O = 374 g, Or = 350.2 g), although the significant reduction of food intake (private groups had global daily ingestion was 49% smaller than the control groups); among Westernized diet groups only at the beginning of life and high abdominal fat pad (C = 1,88 g; Cr = 2,36 g; O = 3,56 g; Or = 3,12 g). It was also observed alterations on the oral glucose tolerance test (OGTT) with evidente changes on the glicemia (C = 138,7 mg/dL; Cr = 146,9 mg/dL; O = 183,1 mg/dL; Or = 164,2 mg/dL) and llipemia of the groups coming from the mothers submitted to westernized diet during the gestation/lactation (C = 27,1 mg/dL; Cr = 35,66 mg/dL; O = 45,97 mg/dL; Or = 46,8 mg/dL). In the BSS the difference in feed rate was clear (C =1,14 Kcal/min; Cr = 1,03 Kcal/min; O = 2,3 Kcal/min; Or = 3,63 Kcal/min) and the duration of the meal (C =18,97 min; Cr = 15,41 min; O = 6,54 min; Or = 7,14 min) among groups originating from Westernized diet only at the beginning of life. We conclude that a westernized diet ingested by mothers in gestation and lactation influenced long-term, metabolic and eating behavior. These changes can be created by eating disorders and risk of developing metabolic diseases.