dc.contributorSAMPAIO, Maria Cristina Hennes
dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/6955938753794347
dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/8292323487800280
dc.creatorRAIMUNDO, Alberon Lopes
dc.date2018-08-30
dc.date.accessioned2022-10-06T18:48:45Z
dc.date.available2022-10-06T18:48:45Z
dc.identifier.urihttp://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/3991595
dc.descriptionRAIMUNDO, Alberon Lopes, também é conhecido(a) em citações bibliográficas por: LOPES, Alberon
dc.descriptionA loucura em seu percurso histórico tem sido objeto de projeções dos medos da humanidade e, por isso mesmo, os que eram considerados loucos pela sociedade eram e, em muitos casos, ainda são excluídos e violados em seus direitos e dignidade que os constituem como humanos (FOUCAULT, 2005). A forma pela qual a loucura foi concebida transformou- se ao longo de toda a história do homem no ocidente, assim como, as formas de tratamento e cuidados oferecidos às pessoas acometidas por ela (FOUCAULT, 2005; GOFFMAN, 2008; QUÉTEL; 2014). Desta forma, a loucura passou de uma visão que a considerava como ato divino, que conduziria ao expurgo dos pecados no plano terreno nos séculos XIV e XV, até àquela considerada como doença, incluindo diagnóstico, tratamento e possibilidade de cura a partir do século XIX. Concomitantemente, a loucura passou ainda pelo domínio de diversos campos epistemológicos como o jurídico, o teológico, o filosófico, o científico e o médico (FOUCAULT, 2005; QUÉTEL; 2014). Como resposta aos paradigmas tradicionais voltados à doença mental e não à saúde mental, a reforma psiquiátrica surge na década de 70 na Europa, estendendo-se à América do Norte e, posteriormente, à América Latina. Sua consolidação nestes continentes deu-se a partir de uma ruptura que pôs em xeque os saberes e as práticas baseadas no discurso médico (CLAVREUL, 1983) e nas ciências positivistas (CLAVREUL, 1983; CANGUILHEM, 2017). Neste contexto, a esta reforma vem transformando o entendimento sobre os cuidados destinados às pessoas em sofrimento psíquico: loucos, usuários abusivos de drogas e pessoas que sofrem de qualquer tipo de violência psíquica, física e social (AMARANTE, 1998, 2015). O presente estudo tem como objetivo analisar os acentos apreciativos expressos nos discursos sobre o cuidado destinado às pessoas em sofrimento psíquico. Nosso objeto é abordado pela Análise Dialógica do Discurso (ADD), a qual encontra seus fundamentos na Teoria Dialógica da Linguagem, postulada pelo filósofo russo Mikhail Bakhtin e os pensadores do Círculo (1997, 2011, 2013, 2014, 2015a, 2015b, 2016, 2017a, 2017b). De caráter documental, nossa pesquisa tem como corpora três documentos institucionais de acesso público e disponíveis em rede na Biblioteca Virtual 18 de Maio, no site da Associação Brasileira de Saúde Mental - ABRASME, quais sejam: 1. O relatório final da IV Conferência Nacional de Saúde Mental - Intersetorial (2010), relatório que tem importância por ser o documento da Conferência mais recente e que tem diversas reivindicações e deliberações de alcance nacional. Além disso, sua relevância dá-se pelo diálogo que mantém com as atuais Políticas Públicas de Saúde Mental no Brasil; 2. A Carta de Manaus por uma saúde integral aos povos indígenas (2014) e 3. As ContribuiçõesTeses da ABRASME (2015), de autoria de uma das mais importantes e representativas organizações não governamentais do país e interlocutora do dialogo no campo da saúde mental: a Associação Brasileira de Saúde Mental-ABRASME.
dc.descriptionCNPq
dc.descriptionMadness in its historical routing has been object of mankind’s fears projections and, therefore, those ones who once were considered mad by society were and, in many cases, still are excluded and violated in their rights and their dignity which makes them human beings (FOUCAULT, 2005). The way madness is conceived changed along all mankind history in occident, as well as the form of treatment and care given to people affected by it (FOUCAULT, 2005; GOFFMAN, 2008; QUÉTEL, 2014). Therefore, madness carne from a conception considered as a divine act, that would expel the sins from the people affected in the earth realm in the XIV and XV centuries, until that one in which it is considered as a disease, including a diagnoses, treatment and possibility of a cure from the XIX century on. Simultaneously, madness passed through different epistemological fields as the legal, the theological, the philosophical, the scientific and medicai (FOUCAULT, 2005; QUÉTEL; 2014). As a response to the traditional paradigms aiming mental illness and not mental health, the Psychiatric Reform arose in the 70’s in Europe and extended its reach until North America and Latin America afterwards and it has been gaining strength and power since the rupture the put the practice and knowledge bases on the medicai discourse (CLAVREUL, 1983) and the positive Science (CLAVREUL, 1983; CANGUILHEM, 2011) in a tight spot. The Psychiatric Reform have been transforming since then the knowledge about care destined to people in mental suffering: the mad, abusive drug users and people that suffer any kind of violence: psychic, physical and social (AMARANTE, 1998, 2015). The present work aims to analyses the appreciative accents in the discourses about care destined to people in mental suffering. The object of our study will be approached by the Dialogical Discourse Analyses (DDA), which is rooted in the Language Dialogical Theory, postulated by the russian philosopher Mikhail Bakhtin and his Circle of thinkers (1997, 2011, 2013, 2014, 2015a, 2015b, 2016, 2017a, 2017b). Our research has a documental nature and its corpora is composed by three institutional documents of public access and available on web, on the May 18* Virtual Library, in the Mental Health Brazilian Association - (ABRASME (in Portuguese)), which are: 1. The final report of the IV Intersectoral - Nacional Conference of Mental Health (2010), the importance of this report consists in its status of most recent and from de diversity of demands and deliberations of national reach. Furthermore, its relevance is taken by the discussion it maintains with the current Brazilian Mental Health Public Policies; 2. The Letter of Manaus for the Indigenous People Integral Mental Health (2014) and The Contributions to the Mental Health Public Policy: ABRASME’s Theses (2015), authored by one of the most (vemmental organization of the country and interlocutor of the discussions in mental health field: the Brazilian Mental Health Association-BMHA (ABRASME in Portuguesé).
dc.formatapplication/pdf
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal de Pernambuco
dc.publisherUFPE
dc.publisherBrasil
dc.publisherPrograma de Pos Graduacao em Letras
dc.rightsopenAccess
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
dc.rightshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
dc.subjectDialogismo
dc.subjectAcento Apreciativo
dc.subjectCuidado
dc.subjectSaúde Mental
dc.subjectReforma Psiquiátrica
dc.titleSaúde mental: dialogismo e discurso sobre o cuidado de pessoas em sofrimento psíquico
dc.typemasterThesis


Este ítem pertenece a la siguiente institución