doctoralThesis
Interação do edulcorante aspartame com o estado nutricional, no cérebro em desenvolvimento: análise comportamental e eletrofisiológica em ratos
Autor
MAGALHÃES, Paula Catirina Germano
Institución
Resumen
O objetivo deste trabalho foi avaliar, em condições nutricionais distintas (ratos nutridos e desnutridos durante o desenvolvimento), os possíveis efeitos do aspartame sobre parâmetros comportamentais sugestivos de ansiedade e eletrofisiológicos (fenômeno da depressão alastrante cortical; DAC). Fatores como deficiência nutricional e o consumo do edulcorante não calórico aspartame são potencialmente danosos para o sistema nervoso. Ratos Wistar, nutridos (n=40) e desnutridos (n=40) no início da vida foram divididos em 4 grupos para cada condição nutricional, tratados por gavagem, durante a lactação, respectivamente com 75 mg/kg/d ou 125 mg/kg/d de aspartame (grupos ASP75 e ASP125), ou volume equivalente de água (grupo água), ou sem tratamento (grupo ingênuo). Testes comportamentais (labirinto em cruz elevado [LCE] e campo aberto [CA]) foram realizados aos 85-95 dias de idade e a DAC foi registrada entre 96 e 115 dias. O aspartame reduziu o peso corporal, em comparação com os grupos controle (água e ingênuo), sugerindo impacto negativo sobre o desenvolvimento corporal dos animais. Esse edulcorante aumentou comportamento sugestivo de ansiedade (menor permanência nos braços abertos do LCE) e desacelerou a DAC (menores velocidades de propagação). Alguns parâmetros foram mais afetados nos animais desnutridos. Conclui-se que o consumo precoce de aspartame afeta negativamente o desenvolvimento do organismo, com efeitos em parâmetros comportamentais e eletrofisiológicos cerebrais. Os resultados sugerem cautela no consumo de aspartame por lactantes e seus filhos nos primeiros anos de vida. CAPES The development of the mammalian nervous system occurs predominantly in the early stages of life. In this period, factors such as nutritional deficiency and consumption of the non-caloric sweetener aspartame are potentially harmful to the nervous system. Some studies suggest an association between aspartame intake and adverse neural effects. The objective of this study was to evaluate the possible effects of aspartame on behavioral parameters suggestive of anxiety and electrophysiology (phenomenon of cortical spreading depression, DAC) under different nutritional conditions (nourished and malnourished rats during development). Wistar rats, nourished (n = 40) and malnourished (n = 40) were used early in life. In each nutritional condition, the animals were divided into 4 groups, treated by gavage, during lactation, respectively with 75 mg / kg / d or 125 mg / kg / d aspartame (groups ASP75 and ASP125), or equivalent volume of water (Water group), or without treatment (naive group). Behavioral tests (elevated plus-maze [EPM] and open field [OF]) were performed at 85-95 days of age and CAD was triggered and recorded between 96 and 115 days. Aspartame reduced body weight compared to control (water and naive) groups, suggesting a negative impact on the animal’s development. Aspartame also caused behavioral changes suggestive of anxiety (shorter stays in the open arms of the EPM) and slowed the CSD (slower propagation speeds). Some of these parameters were more affected in malnourished animals. It is concluded that the early consumption of aspartame adversely affects the development of the organism, with effects on cerebral behavioral and electrophysiological parameters. Data suggest caution in the aspartame consumption by lactating mothers and their infants.