masterThesis
Assimetria inter-hemisférica da excitabilidade do córtex motor em pacientes pós-AVE: relação com o comprometimento motor e a cronicidade da lesão
Autor
BERENGUER, Marina de Freitas
Institución
Resumen
MACHADO, Kátia Karina do Monte Silva, também é conhecido(a) em citações bibliográficas por: MONTE-SILVA, Kátia Karina do Comparar a assimetria inter-hemisférica da excitabilidade do córtex motor de pacientes pós acidente vascular encefálico (AVE) crônico e controles saudáveis e observar se a magnitude desta assimetria está relacionada com o comprometimento sensório-motor e a cronicidade da lesão. Para isto foi realizado um estudo transversal foi realizado com pacientes pós-AVE crônico e voluntários saudáveis (pareados por idade e sexo com os pacientes). A assimetria interemisférica foi calculada pela diferença do limiar motor de repouso (LMR) dos dois hemisférios cerebrais. O LMR foi avaliado utilizando a estimulação magnética transcraniana sobre a área de representação cortical do músculo primeiro interósseo dorsal. Para investigar a relação da assimetria com o comprometimento sensório-motor e a cronicidade do AVE, os pacientes foram agrupados de acordo com o nível de comprometimento (moderado/leve; moderado/grave; grave) e entre diferentes estágios de cronicidade (de 3 a 12 meses; 13 a 24; 25 a 60; e acima de 60 meses pós AVE). Cinquenta e seis pacientes pós-AVE crônico e 26 controles foram incluídos. Foi encontrado uma maior assimetria inter-hemisférica em pacientes pós-AVE (média:27,1±20,9) quando comparados aos controles (média:4,9±4,7). A assimetria foi maior em pacientes com comprometimento moderado/grave (média: 35,4±20,4) e grave (média:32,9±22,7). Não foi encontrada diferença entre a assimetria inter-hemisférica entre pacientes com diferentes estágios de cronicidade (de 3 a 12 meses, média: 32±18,1; 13 a 24, média: 20,7±16,2; 25 a 60 meses, média: 29,6±18,1; acima de 60 meses, média: 25,9±17,5). Desta forma, pode-se concluir que pacientes pós-AVE apresentaram uma maior assimetria da excitabilidade do córtex motor inter-hemisférica quando comparados aos controles saudáveis e a magnitude desta assimetria parece estar correlacionada com a nível de comprometimento sensório-motor, mas não com a cronicidade da doença. FACEPE To compare the interhemispheric asymmetry of the motor cortex excitability of chronic stroke patients with healthy and to observe if the magnitude of this asymmetry is related to sensory-motor impairment and to stroke chronicity. This cross-sectional study was performed with chronic stroke and self-reported healthy, aged and sex-matched with stroke patients. The interhemispheric asymmetry index was calculated by the difference of the rest motor threshold (rMT) of the brain hemispheres. The rMT was assessed by transcranial magnetic stimulation over the cortical representation of the first dorsal interosseous muscle. To investigate the relationship of the asymmetry with sensory-motor impairment and injury chronicity, the stroke patients were grouped according to the level of sensory-motor impairment (mild/moderate; moderate/severe and severe) and into different chronicity stages (>3 to 12; 13 to 24; 25 to 60 and >60 months since stroke). Fifty-six chronic stroke and twenty-six healthy were included. Higher interhemispheric asymmetry was found in stroke patients (mean:27.1±20.9) when compared to healthy (mean:4.9±4.7). The asymmetry was higher in patients with moderate/severe (mean:35.4±20.4) and severe (mean:32.9±22.7) impairment. No difference was found between patients with mild/moderate impairment (mean:15.5±12.5) and healthy. There were no differences of the interhemispheric asymmetry between patients with different times since stroke (>3-12 months, mean: 32±18.1; >13-24, mean:20.7±16.2; >25-60 months, mean:29.6±18.1; >60 months, mean:25.9±17.5). Stroke patients showed higher interhemispheric asymmetry of the motor cortex excitability when compared to healthy and the magnitude of this asymmetry seems to be correlated with the severity of sensory-motor impairment, but not with stroke chronicity.