bachelorThesis
Percepção da imagem corporal e estado nutricional de idosas praticantes e não praticantes de exercício físico
Registro en:
SANTOS, J. M. S.
Autor
SANTOS, Jaciane Maria Soares dos
Institución
Resumen
O envelhecimento acarreta alterações corporais que podem interferir
negativamente na satisfação corporal, principalmente nas mulheres, por não
sentirem-se enquadradas nos estereótipos impostos pela sociedade. Diante
disso, procuram realizar exercício físico e ter uma alimentação saudável com o
objetivo de alterar a forma física e consequentemente a satisfação corporal. O
estudo tem como objetivo avaliar a insatisfação da imagem corporal em relação
ao estado nutricional de idosas praticantes e não praticantes de exercício físico.
A população estudada foi composta por 91 idosas divididas em dois grupos, um
deles composto por 25 idosas praticantes de exercício físico e o outro grupo
composto por 66 idosas sedentárias do município da Vitória de Santo Antão-PE.
Os dados foram coletados através de questionários sociodemográficos e
socioeconômicos, avaliação antropométrica, escalas de silhuetas, questionário
BSQ (Body Shape Questionnaire) e Questionário de Frequência Alimentar
(QFA). As análises estatísticas foram realizadas pelo software SPSS versão
13.0. As idosas participantes tinham em média 68,3 e 70,7 anos de idade (ativas
e sedentárias) e a maior parte delas eram viúvas (44% ativas e 42%
sedentárias), com classe social D-E (56% ativas e 79% sedentárias). A média de
peso, altura e IMC foram de 67,5 Kg, 1,56 m e 27,6 Kg/m² para as ativas e 66,9
Kg, 1,55 m e 27,8 Kg/m² para as sedentárias e a maioria foi classificada com
IMC de sobrepeso (56% praticantes de exercício e 53% não praticantes). Em
relação ao teste de imagem corporal, na escala de Silhuetas Geica foi
identificado que 60% das idosas que praticavam exercício físico apresentaram
insatisfação corporal, enquanto as sedentárias tiveram 50% de insatisfação. O
nível de insatisfação das ativas na escala de Stunkard, et al. (1983), foi de 64%
ao excesso de peso e nenhuma a magreza, enquanto que 45% das sedentárias
estava insatisfeita ao excesso de peso e 5% a magreza. No teste BSQ, 92% das
praticantes de exercício e 98% das sedentárias estavam satisfeitas e apenas
uma pequena parcela possuía uma preocupação corporal leve. Com relação ao
consumo alimentar das idosas, o grupo dos cereais foi o único a diferir
estatisticamente. As sedentárias em sua maioria consomem os cereais 2 vezes
ao dia (58%) e as ativas 1 vez ao dia (68%). As idosas ativas consomem carne
e ovos 2 ou mais vezes ao dia (56%) e as sedentárias 1 vez ao dia (53%). O
consumo de doces das idosas sedentárias foi superior ao das ativas equivalente
a 2 vezes ao dia (30%). O consumo dos outros grupos de alimentos foi similar
entre ativas e sedentárias. Conclui-se que as idosas ativas são mais insatisfeitas
com sua forma física, por isso procuram praticar exercício físico e realizar uma
dieta equilibrada tendo em vista alcançar um corpo dentro do estabelecido pelos
padrões de beleza. Ageing leads to bodily changes that can exert a negative influence on satisfaction
with one’s body. This is especially true for women who do not feel that they fit the
stereotypes imposed by society. Therefore, many women seek physical exercise
and a healthy diet as a means to alter their physical shape and consequently
achieve body satisfaction. The aim of the present study was to evaluate
dissatisfaction with one’s body image among active and sedentary older women.
The sample was composed of 91 older women from the city of Vitória de Santo
Antão, Brazil, divided into two groups: 25 who practiced physical exercise and 66
who did not practice physical exercise. Data collection involved the administration
of socio-demographic and socioeconomic questionnaires, an anthropometric
evaluation, silhouette scale, the Body Shape Questionnaire (BSQ) and a food
frequency questionnaire (FFQ). Statistical analyses were performed using SPSS
version 13.0. Mean age of the active and sedentary participants was 68.3 and
70.7 years, respectively. The largest portions of the sample were widowed (44%
of the active and 42% of the sedentary women) and pertained to the lower social
classes (56% of the active and 79% of the sedentary women). Mean weight,
height and body mass index were respectively 67.5 Kg, 1.56 m and 27.6 Kg/m²
among the active women and 66.9 Kg, 1.55 m and 27.8 Kg/m² among the
sedentary women. The majority was classified as overweight (56% of the active
and 53% of the sedentary women). Using the Geica silhouette scale, 60% of the
women who practiced physical exercise and 50% of those who were sedentary
were dissatisfied with their body image. Using the body satisfaction scale
proposed by Stunkard et al. (1983), 64% of the active women were dissatisfied
due to excess weight and none was dissatisfied due to thinness, whereas 45%
of the sedentary women were dissatisfied due to excess weight and 5% were
dissatisfied due to thinness. On the BSQ, 92% of the active women and 98% of
the sedentary women were satisfied and only a small proportion exhibited mild
body concerns. The only statistically significant difference between groups
regarding food consumption was the consumption of grains, which the majority
of the sedentary women consumed twice a day (58%) and the majority of the
active women consumed once a day (68%). The active women consumed meat
and eggs two or more times a day (56%), whereas the majority of the sedentary
women consumed these items once a day (53%). The sedentary women
consumed more sweets than the active women, with a frequency of twice a day
(30%). Similar consumption between groups was found for other food groups.
The findings demonstrate greater dissatisfaction with their physical shape among
the active women, who consequently practice physical exercise and maintain a
balanced diet in an effort to achieve a body that is within the established
standards of beauty.