masterThesis
Parâmetros bioquímicos e ventilatórios de ratos submetidos às dietas hipoproteica perinatal e hiperlipídica pós desmame
Autor
BARBOSA, Sávio dos Santos
Institución
Resumen
SILVA, João Henrique da Costa, também é conhecido(a) em citações bibliográficas por: COSTA-SILVA, João Henrique da A desnutrição proteica materna e o consumo de dieta hiperlipídica são capazes de alterar, de forma isolada, parâmetros ventilatórios e bioquímicos. No entanto, a resposta bioquímica e ventilatória apresentada pelo organismo que passa por períodos de desnutrição proteica materna e consome uma dieta hiperlipídica é desconhecido. Este estudo avaliou os efeitos da associação de uma dieta hipoproteica durante gestação e lactação com uma dieta hiperlipídica após o desmame sobre os parâmetros bioquímicos e ventilatórios de ratos. Ratos Wistar machos provenientes de mães que receberam dieta hipoproteica (8% de proteínas) ou normoproteica (17%) durante gestação e lactação, receberam dieta hiperlipídica (32% de lipídeos) ou normolipídica (18%) pós-desmame. Foi feito o acompanhamento do ganho de massa e crescimento somático das proles, assim também como a ventilação pulmonar e os níveis séricos de proteínas totais, albumina, triglicerídeos, colesterol total e glicemia. Os filhotes provenientes de mães desnutridas apresentaram menor peso ao nascer (NP: 7,0±0,2 vs HP: 6,5±0,1, p=0,0225, n=22 e 26 respectivamente), que permaneceu até o fim da lactação (21º dia: NP: 49,2±0,5 vs HP: 33,3±1,1, p<0,001; n=22 e 26 respectivamente). Ainda neste momento (desmame), os mesmos animais apresentaram reduções nos níveis de proteínas totais e albumina (Proteínas totais, 21º dia: NP: 5,4±0,2 vs HP: 5,0±0,1, p˂0,05; Albumina, 21ª dia: NP: 3,6±0,2 vs HP: 2,9±0,2, p˂0,05). Aos 30 e 90 dias de vida, os triglicerídeos apresentaram variações ao comparar os grupos HPNP e HPHL (HPNP: 294,5±19,9 vs HPHL: 159,2±22,0, p˂0,05) e NPHL e HPHL (NPHL: 123,8±9,8 vs HPHL: 92,3±6,8, p˂0,05) respectivamente. Foram observadas reduções da frequência respiratória no 7º e 14º dia de vida (7º dia: NP: 167,8±5,9 vs HP: 114,2±1,9, p<0,001, n=12; 14º dia: NP: 144,7±6,2 vs HP: 125,4±4,0, p=0,0322, n=32 e 37 respectivamente), e aumentos no volume corrente (VT) e na ventilação pulmonar (VE) no 21º dia de vida (VT: NP: 12,2±0,8 vs HP: 15,6±0,7, p=0,0026, n=27 e 37 respectivamente; VE: NP: 1463,0±97,6 vs HP: 1818,0±84,7, p=0,008, n=27 e 37 respectivamente). Aos 30 e 90 dias, nenhuma alteração ventilatória foi observada entre os grupos. Por fim, nossos dados confirmam que o consumo de dieta hipoproteica materna induz alterações na prole. Porém, a dieta hiperlipídica utilizada neste estudo parece não potencializar estas alterações. Pelo contrário, grande parte das alterações observadas durante a lactação desapareceu na vida adulta. CAPES CNPq Maternal protein undernutrition and the consumption of high-fat diet are capable of change, in an isolated way, ventilatory and biochemical parameters. However, the biochemical and ventilatory response presented by the organism that undergoes periods of maternal protein undernutrition and consumption of a high-fat diet is unknown. This study evaluated the effects of the association of a low-protein diet during gestation and lactation with a postweaning high-fat diet on the biochemical and ventilatory parameters of rats. Male Wistar rats from mothers who received a low-protein (8% protein) or normoprotein diet (17%) during gestation and lactation received a high-fat (32% of lipids) or a normal fat diet (18%) after weaning. The mass gain and somatic growth of the offspring were monitored, as well as pulmonary ventilation and serum levels of total proteins, albumin, triglycerides, total cholesterol and fasting glucose. Pups from undernourished mothers presented lower birth weight (NP: 7.0±0.2 vs LP: 6.5±0.1, p=0.0225, n=22 e 26 respectively), which remained until the end of lactation (21º day: NP: 49.2±0.5 vs LP: 33.3±1.1, p<0.001; n=22 e 26 respectively). At this moment, the same animals showed reductions in total protein and albumin levels (Total Protein, 21º day: NP: 5.4±0.2 vs LP: 5.0±0.1, p˂0.05; Albumin, 21ª day: NP: 3.6±0.2 vs LP: 2.9±0.2, p˂0.05). At 30 and 90 days of age, the triglycerides presented variations between LPNP and LPHF (30 days, LPNP: 294.5±19.9 vs LPHF: 159.2±22.0 p˂0.05) and NPHF and LPHF groups (90 days, NPHF: 123.8±9.8 vs LPHF: 92.3±6.8, p˂0.05), respectively. Reductions were observed in the respiratory frequency on the 7th and 14th day of life (7º day: NP: 167.8±5.9 vs LP: 114.2±1.9, p<0.001, n=12; 14º day: NP: 144.7±6.2 vs LP: 125.4±4.0, p=0.0322, n=32 e 37 respectively), and increases in the Tidal Volume (TV) and Pulmonary Ventilation (VE) in the 21st day of life (TV: NP: 12.2±0.8 vs LP: 15.6±0.7, p=0.0026, n=27 e 37 respectively; VE: NP: 1463.0±97.6 vs LP: 1818.0±84.7, p=0.008, n=27 e 37 respectively). At 30 and 90 days, no ventilatory changes were observed between the groups. Finally, our data confirm that the consumption of maternal lowprotein diet induces changes in the offspring. However, the high-fat diet used in this study does not seem to potentiate these alterations. On the other hand, most of the changes observed during lactation disappeared at adult life.