dc.contributorMENEZES, Jaileila de Araújo
dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/4905384507965814
dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/5042948325884329
dc.creatorSILVA, Juliana Catarine Barbosa da
dc.date2018-07-23T17:14:33Z
dc.date2018-07-23T17:14:33Z
dc.date2017-02-16
dc.date.accessioned2022-10-06T17:21:57Z
dc.date.available2022-10-06T17:21:57Z
dc.identifierhttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25157
dc.identifier.urihttp://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/3986433
dc.descriptionA presente tese possui como objetivo compreender a circulação dos múltipos discursos sobre o risco presentes no contexto do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC) e seus efeitos para os(as) usuários(as) e profissionais do referido sistema.Em nossa pesquisa utilizamos metodologias qualitativas e, como referenciais epistêmico-metodológicos, adotamos os estudos foucaultianos sobre discurso e a Psicologia Discursiva de origem inglesa. Realizamos 36 entrevistas semiestruturadas, sendo 15 com usuários(as) da defesa civil e 21 com profissionais que atuam em cinco órgãos distintos da área. Consultamos ainda 78 documentos, fornecidos pelas instituições participantes, que tratam sobre ações para gerenciamento de riscos. Em nossas análises, observamos que existe um regime de verdades sobre o risco que, para prevalecer, instala-se através dos discursos que o associam, no contexto das emergências e desastres, aos fenômenos da natureza. Esse discurso oficial é constantemente tensionado pelos atores que circulam nos territórios monitorados pela defesa civil, sejam como usuários(as), sejam como trabalhadores(as). Cada um,à sua maneira, aponta para as falhas nas propostas preventivas desses riscos e apresenta, ainda, uma multiplicidade de discursos sobre o risco que toca a extrema precariedade na qual vivem as pessoas que são alvos das políticas públicas de proteção e defesa civil. Identifica-se ainda no contexto pesquisado, uma forte associação entre pobreza e perigo, que longe de refletir sobre as desigualdades sociais dos territórios em risco, desqualifica o saber dos(as) usuários(as), ao passo que os responsabiliza pela produção dos riscos. Nesse sentido, consideramos que se faz urgente uma torção no conceito institucional de risco defendido pela defesa civil e um olhar para as desigualdades sociais que fazem com que, nas cidades brasileiras, para as classes menos favorecidas sejam reservados os guetos, os morros e as áreas sujeitas às sazonalidades das marés.
dc.descriptionThe current thesis has as its objective to identify and analyze the effects produced by the discourses on risk which circulate in the context of the National System for Civil Protection and Defense with regard to the users and professionals of this system. Our research employs qualitative methodologies alongside the adoption of Foucault's discourse analysis and the English school of Discursive Psychology as epistemological-methodological frameworks. 36 semi-structured interviews were performed: 15 with users of Civil Defense and 21 with professionals having a role in five distinct organs of the area. Furthermore we consulted 78 documents, provided by participating institutions, which deal with actions for the management of emergencies. In our analyses we observed the existence of a regime of truths on risk which prevails by installing itself through discourses which associate risk with the context of emergencies and disasters linked to natural phenomena. This official discourse is constantly agitated by actors - be they service‟s users or its own employees - who circulate in the territories monitored by the authoritieswho defend the population. Each subject, in their own way, points out failures in the preventative measures for these risks and, further still, multiplies the discourses on risk which touch upon the extremely precarious living conditions for people who are the target of public policy for the protection and defense of citizens. In the context under research there was also identified a strong association between poverty and danger, which far from mirroring social inequalities within territories containing risk, belittled the wisdom of users, going on to making them responsible for the production of risks. In this sense, we consider that it is urgent to turn around the institutional concept of risk defended by emergency management organs, and to pay attention to social inequalities which pave the way for the underprivileged of Brazilian cities to inhabit ghettos, the sides of hills and areas subject to tidal inundations.
dc.formatapplication/pdf
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal de Pernambuco
dc.publisherUFPE
dc.publisherBrasil
dc.publisherPrograma de Pos Graduacao em Psicologia
dc.rightsopenAccess
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
dc.rightshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
dc.subjectPsicologia
dc.subjectPsicologia ambiental
dc.subjectDefesa civil
dc.subjectAvaliação de riscos ambientais
dc.subjectDesastres ambientais
dc.subjectCatástrofes naturais
dc.subjectVítimas de desastres
dc.subjectRiscos de desastres
dc.subjectGovernamentalidade
dc.subjectTerritórios
dc.subjectQuestão urbana
dc.titleMuito além da questão ambiental: discursos sobre as gestões dos riscos no contexto das emergências e desastres.
dc.typedoctoralThesis


Este ítem pertenece a la siguiente institución