masterThesis
O imaginário da paisagem sertaneja na Praça Euclides da Cunha
Autor
AMORIM, Giseli Machado de
Institución
Resumen
A paisagem do Sertão brasileiro possui grande diversidade de artefatos construídos historicamente, que se apresentam morfológica e culturalmente em meio a sua vasta riqueza natural dentro do território nacional. Essa riqueza está sendo bem ameaçada em muitos lugares. A narrativa do jornalista e militar Euclides da Cunha em seu livro “Os Sertões”, publicado nos primeiros anos do séc. XX caracteriza-se, como marco inicial para o imaginário dessa paisagem. Os elementos naturais e construídos são descritos entre as relações daquele povo e seu meio, oferecendo uma noção do que seria essa paisagem sertaneja entre beleza e sofrimento. Em 1935, a representação dessa paisagem toma forma de jardim como obra de arte quando o artista Roberto Burle Marx concebe para a cidade do Recife a Praça Euclides da Cunha. Alguns fatos artísticos e literários ressaltam a beleza, mas o contraponto exalta a seca e a miséria. Ao utilizar essa Praça como objeto empírico propõe-se entender em que medida o imaginário social da paisagem sertaneja interpretado de expressões artísticas, literárias e do pensamento da população, tanto divulgado em jornais como por entrevistas, repercutem na apropriação e, consequentemente, na sua conservação. A discussão da noção de paisagem está ancorada em Augustin Berque e Anne Cauquelin. O imaginário social da paisagem sertaneja é modelado entre paradoxos ao longo do tempo com uma forma limitada de compreensão. CNPq The landscape of the Brazilian countryside has a great diversity of artifacts historically constructed, that appear morphologically and culturally in the middle of its extensive natural wealth within the country. This wealth is being threatened in many places. The narrative journalist and military Euclides da Cunha in his book “Os Sertões”, published in the early years of the 20th century is characterized as a first milestone for this imaginary landscape. The natural and built elements are described by relations between people and their environment, providing a sense of what this would backlands landscape of beauty and suffering. In 1935, the representation of this landscape takes the form of garden and art when the artist Roberto Burle Marx conceives of the city of Recife to Euclides da Cunha Square. Some literary and artistic facts underscore the beauty, but the counterpoint exalts drought and poverty. By using this square as empirical object is proposed to understand the extent to which the social imaginary of backlands landscape interpreted in artistic, literary expressions and thought the population, both published in newspapers such as interviews, impacting on ownership and, consequently, in its conservation. The discussion of the concept of landscape is anchored in Berque Augustin and Anne Cauquelin. The social imaginary of backlands landscape is modeled between paradoxes over time with a limited comprehension way.