masterThesis
Documentário radical ou a ficção como colaboração : invenção, disjunção e cinema compartilhado : devir e cosmovisão em As Hipermulheres
Autor
BANDEIRA, Philipi Emmanuel Lustosa
Institución
Resumen
Este trabalho parte de uma análise reflexiva sobre o documentário: dividida em duas partes, uma primeira parte historiográfica e desconstrutiva focada nas décadas de 1920-1930, em que, à luz de uma bibliografia recente sobre o tema, abordamos e problematizamos a configuração do gênero discursivo “documentário” como herança colonialista, como vanguarda modernista e como aparelho de estado, concluindo com a hipótese de uma dialética estética política injuntiva do gênero e inscrevendo neste mapa, ao fim, dois pioneiros brasileiros esquecidos; na segunda parte, destinada ao documentário contemporâneo, fazemos uma cartografia que circunscreve nossas eleições afetivas dentro do documentário contemporâneo brasileiro, centrada nos modos de produção e processos de criação assentados no tripé colaborativocoletivo- comunitário, passando então à análise reflexiva de um filme em específico – As Hipermulheres (2011), direção conjunta de Carlos Fausto, Leo Sette e Takumã Kuikuro, realizado na aldeia Ipatse do povo indígena kuikuro do Alto Xingu, com produção de Vincent Carelli e do Vídeo nas Aldeias - que por sua vez incorpora e responde, acredito, em grande medida à problemática e os questionamentos anteriores sobre o documentário no sentido estético e político. CAPES This work is based on a reflexive analysis on the documentary: divided in two parts, a historiographical and deconstructive first part focused in the decades of 1920-1930 supported by a recent bibliography, which approach and problematize the configuration of the discursive genre "documentary" as a colonialist heritage, as a modernist vanguard and as a state apparatus, concluding with the hypothesis of an aesthetic-political injunctive dialectic of the genre inscribing on this map, at the end, two forgotten Brazilian pioneers; in the second part, aimed at the contemporary documentary, we make a cartography that circumscribes our affective choices within the Brazilian contemporary documentary, centered on the modes of production and creation processes based on the collaborative-collective-community tripod, going on to analyze a specific film - The Hyper Woman (As Hipermulheres, 2011, directed by Carlos Fausto, Leo Sette and Takumã Kuikuro, held in the Ipatse village of the Kuikuro indigenous people of the High Xingu, with production by Vincent Carelli and Video nas Aldeias), which incorporates and responds, I believe, to a great extent to the problematic and the previous questions about the documentary in the aesthetic and political sense.