bachelorThesis
Consumo alimentar de grávidas adolescentes atendidas em unidades de saúde da família no município de Escada, Penambuco, 2014
Autor
LIRA, Dioginis Pedro de
Institución
Resumen
A gravidez na adolescência é considerada um problema de saúde pública visto que
podem ocorrer complicações obstétricas com impactos para saúde da mãe e do
bebê, bem como problemas sociais e econômicos ocasionados pela instabilidade
social. Considerando que o estado nutricional da gestante pode interferir nos
resultados obstétricos, o objetivo deste estudo foi avaliar o consumo alimentar e
suplementação de ferro e ácido fólico de gestantes adolescentes com idade de 10
a18 anos, nas Unidades de Saúde da Família do município de Escada, 2014. A
pesquisa foi realizada durante o período de outubro de 2012 a agosto de 2014. A
coleta de dados foi realizada através de inquéritos as adolescentes, por livre
demanda, através de questionários estruturados contendo informações sobre as
condições sócio-demográficas, medidas antropométricas, consumo alimentar,
características clínico-obstétricas, anticoncepção e reprodutividade. A amostra foi
constituída por 41 adolescentes grávidas com idade entre 10 a 18 anos. Apenas
56,1% estudavam e 67,6% das adolescentes viviam com renda de até 1 salário
mínimo. Mais da metade das adolescentes afirmou que a gravidez não havia sido
desejada e 82,5% iniciaram o pré-natal ainda no primeiro trimestre gestacional.
Quanto ao uso de suplementação, pouco menos da metade 43,9% relataram não
consumir nenhum suplemento, apenas uma fazia uso do ácido fólico e dentre
aquelas que ingeriam suplementação menos da metade das entrevistadas (45,5%)
ingeriam sulfato ferroso. No que se refere aos hábitos alimentares verifico-se um
baixo consumo de frutas onde 30-60% relataram não consumir ou quase nunca
consumir, sendo as mais citadas entre as consumidas a melancia, maçã, laranja e o
suco natural por 24,4%, 26,82% 39% e 41,5% respectivamente. O grupo de
hortaliças obteve rejeição por mais de 50% das adolescentes estudadas assim como
o grupo de leite e derivados onde 40 a 80% referiram não consumir esses alimentos.
Destacou o consumo do grupo dos cereais, tubérculos e raízes sendo o arroz
branco, macarrão e pão francês, com frequências de consumo diária de
78,04%,58,53% e 58,59% respectivamente, os mas citado pelas gestantes. No
grupo de carnes destacou-se o consumo de carnes secas diário por 36,58% das
gestantes e consumo de frango semanal. Em relação aos ovos destacou-se
preferência por ovo frito consumido diariamente por 20% das entrevistadas.
Observou-se também um consumo diário elevado de manteiga, margarina e açúcar
sendo esse ultimo com consumo diário relato por 75,6% das gestantes. Além desses
verificou-se crescente consumo diário e semanal de biscoitos e bolos recheados,
chocolates, refrigerantes e salgadinhos. Diante dos resultados sugere-se a
introdução de ações educativas na área de alimentação e nutrição durante o pré-
natal, para auxiliar na escolha de alimentos saudáveis, visto que esses hábitos
podem estar relacionados à falta de informação e característica da idade da
gestante. Teenage pregnancy is considered a public health problem since it could lead
obstetric complications with impacts on health of mother and baby, as well as social
and economic problems caused by social instability. Whereas the nutritional status of
pregnant women may interfere with obstetric outcomes, the aim of this study was to
assess dietary intake and iron and folic acid supplementation of pregnant
adolescents aged 10 to18 years, the Health Units ladder municipality Family, 2014.
The survey was conducted during the period October 2012 to August 2014. Data
collection was conducted through surveys adolescents, by demand, through
structured questionnaires containing information about the socio-demographic,
anthropometric measurements, food consumption, clinical and obstetric
characteristics, contraception and reproducibility. The sample consisted of 41
pregnant adolescents aged 10-18 years. Only 56.1% were studying and 67.6% of the
adolescents were living with up to 1 minimum wage. More than half of teenagers said
that pregnancy was not desired and 82.5% began prenatal care in the first trimester.
Regarding the use of supplementation, just under half 43.9% reported not consuming
any supplement, only one made use of folic acid and among those who ate
supplementation less than half of respondents (45.5%) consumed ferrous sulfate.
With regard to eating habits check up a low consumption of fruits where 30-60%
reported not consume or hardly ever consume, the most cited among consumed
watermelon, apple, orange and natural juice by 24.4% , 26.82% 39% and 41.5%
respectively. The vegetable group had rejected by more than 50% of the adolescents
studied as well as the milk group and derivatives where 40-80% reported not
consuming these foods. He highlighted the consumption of the group of cereals,
roots and tubers and white rice, pasta and French bread, with frequencies of daily
consumption of 78.04%, 58.53% and 58.59% respectively, but quoted by pregnant
women. In the meat group stood out the daily consumption of dried meat for 36.58%
of pregnant women and weekly chicken consumption. For eggs stood out preference
for fried eggs consumed daily by 20% of respondents. There was also a high daily
consumption of butter, margarine and sugar and this last with daily consumption
account for 75.6% of pregnant women. In addition to these there was increasing daily
and weekly consumption of cookies and stuffed cakes, chocolates, sodas and
snacks. Given the results suggest the introduction of educational activities in the area
of food and nutrition during prenatal care, to assist in choosing healthy foods, since
these habits may be related to lack of information and characteristic of pregnant
women age.