dc.contributorBERNARD, Enrico
dc.contributorMACHADO, Ricardo
dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/2178043269576576
dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/9700792111588336
dc.creatorDELGADO-JARAMILLO, Mariana Isabel
dc.date2019-09-20T19:52:11Z
dc.date2019-09-20T19:52:11Z
dc.date2018-02-27
dc.date.accessioned2022-10-06T16:28:11Z
dc.date.available2022-10-06T16:28:11Z
dc.identifierhttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33432
dc.identifier.urihttp://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/3983206
dc.descriptionA efetiva conservação e manejo das espécies requer conhecimentos detalhados sobre sua distribuição, pressões e ameaças. O Brasil é um país com dimensões continentais com a segunda maior riqueza de espécies de morcegos no mundo, mas com quase 60% de seu território sem um único registro do grupo, contrastando com altas taxas de perda de habitat. Portanto, avaliar seus padrões de distribuição e riqueza, assim como suas pressões e ameaças, é uma necessidade para sua conservação. Para preencher essas lacunas do conhecimento compilamos os registros georeferenciados e usamos modelos de distribuição de 132 espécies para gerar mapas de riqueza para todas as espécies, ameaçadas, e endêmicas do Brasil. Usamos Sistemas de Informações Geográficas para avaliar a magnitude das diferentes pressões e ameaças relacionadas à mineração, desmatamento, parques eólicos em Unidades de Proteção Integral (UPI), cavernas, remanescentes de vegetação no Brasil e sobre os mapas de riqueza. Finalmente, para determinar áreas prioritárias para a conservação, escolhemos 81 espécies identificadas como prioritárias, e realizamos uma análise de lacunas para avaliar a representatividade das UPI na proteção de morcegos. Utilizamos o software MARXAN, para identificar potenciais áreas de conservação complementares. Considerando células de 25km², os resultados indicaram que 90% do território encontra-se sem registros de morcegos, e que existe um alto viés tanto espacial (~75% dos registros só na Mata Atlântica e Amazônia) como taxonômico (72% dos registros pertencentes a família Phyllostomidae). Os modelos gerados predizem que a riqueza de espécies de morcegos no Brasil varia entre 6 e 112 espécies/25km², e ressaltam uma riqueza potencial maior que a registrada atualmente para Caatinga, Pantanal e Pampa. Encontramos que 39% das UPI estão sob influência de mineração, desmatamento e/ou parques eólicos. Se todos os projetos de mineração potenciais fossem aprovados, afetariam quase 70% das UPI. Mais de 50% das cavernas potenciais como refúgios de morcegos estão sob pressão pela mineração e desmatamento de seus arredores. Se todos os projetos de mineração em potencial fossem executados, mais de 80% das cavernas estariam ameaçadas. A Caatinga e a Mata Atlântica são os biomas mais afetados pela mineração e desmatamento e preocupantemente os que apresentam a maioria das espécies endêmicas e ameaçadas. Atualmente, 90% das espécies de morcegos no Brasil têm menos de 10% de sua distribuição em UPI. Uma expansão de 19% no atual sistema de áreas protegidas poderia melhorar significativamente a proteção de morcegos brasileiros. Esta possível expansão ocorreria principalmente na Amazônia (57%), Cerrado (21%) e Caatinga (11%). O cenário de conservação para a biodiversidade brasileira - e para os morcegos em particular - pode se agravar se as taxas de desmatamento aumentarem como resultado do novo Código Florestal, ou devido ao recente enfraquecimento das legislações ambientais. Nossa análise sugere a necessidade de reavaliar o estado de conservação de algumas espécies de morcegos no Brasil, e uma necessidade urgente de melhorias na regulamentação de mineração, agronegócios e parques eólicos no Brasil, bem como expandir o sistema atual de UPI a fim de garantir a proteção de morcegos e os serviços ecossistêmicos que eles prestam.
dc.descriptionCAPES
dc.descriptionThe effective conservation and management of species requires detailed knowledge of its distribution, and on the pressures and threats affecting them. Brazil is a continental-size country, holding the second highest bat species richness in the world, but nearly 60% of its area has not a single bat record, in spite of high rates of habitat loss. So, assessing their species distributions, richness, pressures and threats is a necessity for their conservation. Using species distribution modelling, here we assessed the potential distribution of 132 species of bats in Brazil. We produced maps of species richness for all evaluated species, for the threatened ones, and for those endemic to Brazil. We use Geographic Information Systems to evaluate the magnitude of different pressures and threats from mining, deforestation, and wind power generation on Strictly Protected Areas (SPA), caves, on the remaining vegetation in Brazil and on the species richness map. Finally, based on 81 species identified as having high conservation priority, we conducted a gap analysis to evaluate the representativeness of the SPA for the protection of bat species. We also used MARXAN software to identify potential complementary conservation areas. Considering grid cells of 25 km², we identified that 90% of the Brazilian territory has not a single bat record, and there is a high spatial bias - with ~ 75% of the records restricted to the Atlantic Forest and Amazonia-, and taxonomic bias - with 72% of the records belonging to the Phyllostomidae family. Our models suggest that the bat species richness in Brazil varies between 6 and 112 species/25 km² (modal 73-80 species/25 km²), and highlight a higher potential species richness than the one currently recorded for Caatinga, Pantanal and Pampa. We found that 39% of SPA are currently affected by mining, deforestation and wind farms. If all potential mining projects would be active they would affect almost 70% of the SPA. More than 50% of the caves considered as potential roosting areas for bats are under pressure by mining and/or deforestation of their surroundings. If all possible mining projects would be executed more than 80% of potential roosting caves would be threatened. The Caatinga and the Atlantic Forest biomes are the most affected by mining, road infraestructure and deforestation, and alarmingly those harbor most of the endemic and endangered species. Currently, 90% percent of the bat species in Brazil have less than 10% of their distribution within SPA. A 19% expansion in the current protected areas system could significantly improve the protection of Brazilian bats, with most of such expansion in Amazonia (57%), Cerrado (21%) and Caatinga (11%). The conservation scenario for the Brazilian biodiversity – and for bats in particular – may deteriorate with an increase of the deforestation rates increase due to the new Forest Code, or due to the recent weakening of the national environmental legislation. We suggest the necessity to re-evaluate the conservation status of some species with restricted distributions. We also urge for an improvement of the environmental regulations of mining, agribusiness, and wind energy sectors in Brazil, as well as for an expansion of the current SPA system to guarantee the protection of bats and the ecosystem services they provide.
dc.formatapplication/pdf
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal de Pernambuco
dc.publisherUFPE
dc.publisherBrasil
dc.publisherPrograma de Pos Graduacao em Biologia Animal
dc.rightsopenAccess
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
dc.rightshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
dc.subjectMorcegos
dc.subjectDesmatamento
dc.subjectSistemas de informação geográfica
dc.titleModelagem de pressões, ameaças e oportunidades para a conservação de morcegos no Brasil
dc.typedoctoralThesis


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