dc.contributorLIMA, Murilo Duarte da Costa
dc.contributorFRAZÃO, Iracema da Silva
dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/7543117866094322
dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/7326848275529161
dc.creatorSILVA, Felicialle Pereira da
dc.date2019-03-20T22:40:31Z
dc.date2019-03-20T22:40:31Z
dc.date2017-12-18
dc.date.accessioned2022-10-06T16:20:23Z
dc.date.available2022-10-06T16:20:23Z
dc.identifierhttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29817
dc.identifier.urihttp://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/3982724
dc.descriptionA problemática do viver nas ruas ocasiona consequências negativas para a saúde física e mental da população de rua, incluindo os decorrentes do uso de drogas. Os objetivos deste estudo foram: verificar a associação entre o padrão de consumo de drogas e os transtornos mentais na população de rua, determinar a prevalência de transtornos mentais e o padrão de consumo de drogas, e relacionar o padrão de consumo de drogas com os transtornos mentais. Foi realizada pesquisa descritiva, exploratória, com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados nos cenários das ruas utilizando-se de um roteiro de entrevista semiestruturado, além dos instrumentos validados: International Neuropsychiatric Interview (MINI) e o Alcohol, Smoking and Substance Involvement SreenningTest ( ASSIST). Os resultados foram apresentados em gráficos e tabelas. A amostra foi constituída por 274 pessoas adultas de ambos os sexos, sendo 56,6% oriundas da cidade do Recife. Observou-se um maior contingente de solteiros, do sexo masculino nos quais 70.7% informaram possuir alguma fonte de renda e 55,8% vivência nas ruas por 3 anos ou mais. Conflitos familiares foram citados com prevalência com relação à motivação para morar das ruas. Entre os problemas de saúde referidos, 39,6% são de natureza psicológicas, mentais ou neurológicas. O uso de drogas apresentou padrão de consumo diário em 49,7%, e, 40,9% dos entrevistados apresentaram transtornos relacionados a substâncias. O uso de drogas foi mais elevado nos que tinham menos de um ano de vida nas ruas (60%). A droga mais consumida é o álcool que se apresenta em comum com o uso de múltiplas substâncias. O risco para suicídio atual foi verificado em 38,3%. Verificou-se que o aumento da frequência do uso de drogas foi prevalente para episódio depressivo maior (22,6%) e transtorno de personalidade generalizada (24,8%). A distribuição por sexo não se apresentou estatisticamente marcante neste estudo. Uma quantidade expressiva referiu ter iniciado a vida nas ruas no período da adolescência, demonstrando uma maior vulnerabilidade nesta faixa etária. A associação entre a vida na rua e a violência urbana representa um estigma vinculado ao morador de rua. O consumo de drogas neste contexto inclui processos adaptativos em que muitas vezes buscam aliviar as adversidades ocasionadas pelo viver nas ruas. A porta de entrada para o uso de drogas está relacionada a fatores como: violência no ambiente doméstico e influência de amigos. Mais da metade afirmou possuir algum problema de saúde, entretanto verifica-se baixa frequência com que buscam atendimento. O abuso de drogas não foi reconhecido como um problema de saúde pela maioria dos participantes, entretanto o resultado do MINI apontou prevalência para dependência ou abuso de substância não alcoólica. A prevalência do consumo de drogas é alta entre as pessoas com transtornos psiquiátricos. As associações verificadas com o padrão de consumo de drogas e a ocorrência de transtornos mentais na população de rua mostraram significância com o padrão diário de consumo. O atual padrão de consumo de drogas pela população de rua na cidade do Recife não difere da realidade dos estudos nacionais e internacionais deste grupo populacional e evidencia a necessidade do cuidado diferenciado, pois apesar da existência de fatores predisponentes similares, possuem particularidades únicas que as relacionam com as drogas. Pesquisas aprofundadas com a população de rua devem ser realizadas, com vistas a investir nas demandas de saúde desta população.
dc.descriptionThe problem of living on the streets has negative consequences for the physical and mental health of the street population, including those resulting from drugs use. The objectives of this study were to verify the association between the pattern of drug use and mental disorders in the street population, to determine the prevalence of mental disorders and drug use patterns as well as the association between these variables in the homeless population in the city of Recife, Brazil. Research was conducted by an exploratory, descriptive study with a quantitative approach. The data were collected in the field using a semi-structured interview as well as the Mini-International Neuropsychiatric Interview (MINI) and the Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test. The results were presented in graphs and tables. The population consisted of 274 adults of both sexes, 56.6% of whom came from the city of Recife. There was a larger number of unmarried men, in which 70.7% reported having some source of income and 55.8% living on the streets for 3 years or more. Family conflicts were cited with prevalence in relation to the motivation to live on the streets. Among the health problems mentioned, 39.6% are of a psychological, mental or neurological nature. Drug use had a daily consumption pattern of 49.7% and 40.9% of the subjects had substance-related disorders. The percentage of those who used drugs more frequently was higher in those with less than one year of life on the streets (60%). The most commonly consumed drug is alcohol that comes in common with the use of multiple substances. The current suicide risk was verified in 38.3%. It was verified that the increase in the frequency of drug use was prevalent for major depressive episode (22.6%) and generalized personality disorder (24.8%). Distribution by sex was not statistically significant in the sample. The majority reported reported having started life on the streets during adolescence, demonstrating a greater vulnerability in this age group. The association between life on the streets and urban violence is a stigma linked to the homeless population. Drug use in this context included adaptive processes in which users often seek relief from the adversities of living on the streets. The path to drug use is related to violence in the home environment and the influence of friends. More than half reported having some health problem, but the frequency of seeking care was low. The majority of participants did not recognize drug abuse as a health problem, but the MINI results revealed the prevalence of non-alcoholic substance dependency or abuse. The prevalence of drug use is high among individuals with psychiatric disorders. A significant association was found between a daily drug use pattern and the occurrence of mental disorders in the homeless population. The current drug use pattern in the homeless population in the city of Recife does not differ from that reported in national and international studies on consumption patterns in this group and underscores the need for differentiated care. Despite the similar predisposing factors in this population, each individual has unique particularities in relation to his/her drug use. More in-depth studies with the homeless population are needed with the aim of investing in the health needs of this group.
dc.formatapplication/pdf
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal de Pernambuco
dc.publisherUFPE
dc.publisherBrasil
dc.publisherPrograma de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
dc.rightsembargoedAccess
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
dc.rightshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
dc.subjectPessoas em situação de rua
dc.subjectTranstornos relacionados ao uso de substâncias
dc.subjectTranstornos mentais
dc.subjectUsuários de drogas
dc.subjectEnfermagem
dc.titleTranstornos mentais e padrão de consumo de drogas na população de rua
dc.typedoctoralThesis


Este ítem pertenece a la siguiente institución