masterThesis
Habilidades desenvolvidas pelas pessoas da terceira idade : inclusão digital e uso de smartphone
Registro en:
SILVA, Maria Amélia da. Habilidades desenvolvidas pelas pessoas da terceira idade: inclusão digital e uso de smartphone. 2020. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática e Tecnológica) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.
Autor
SILVA, Maria Amélia da
Institución
Resumen
Este estudo está inserido na Linha de Pesquisa Educação Tecnológica, do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática e Tecnológica (Edumatec), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e tem por objetivo analisar as habilidades digitais desenvolvidas pelas pessoas da terceira idade para sua inclusão na cultura digital, com o uso de smartphones. Para tanto, os objetivos específicos estabelecidos são: a) verificar a percepção das pessoas da terceira idade sobre as habilidades digitais necessárias para sua inclusão na cultura digital; b) identificar as habilidades digitais desenvolvidas pelas pessoas da terceira idade no curso sobre inclusão digital; c) relacionar as percepções que as pessoas da terceira idade têm sobre as habilidades necessárias para a sua inclusão na cultura digital, com as habilidades digitais desenvolvidas por elas no curso sobre inclusão digital. É importante perceber que a inserção e a expansão das tecnologias digitais na sociedade implicam transformações sociais e, com relação às pessoas da terceira idade, o uso das tecnologias digitais pode favorecer a qualidade de vida e a longevidade das mesmas, embora muitas delas apresentem dificuldades motoras e cognitivas impostas pela idade e, com isso, possam permanecer excluídas do contexto digital. Neste sentido, é imprescindível favorecer o desenvolvimento das habilidades digitais necessárias para a sua inclusão no mundo digital. Os autores que utilizamos para este estudo foram: Cazeloto (2008) e Warschauer (2006), para análise da inclusão digital e social; Castells (2006, 2013), para discutir sobre os aspectos relacionados à sociedade informacional; Debert (1999, 2011), Netto (1997), Kachar (2003), Lemos (2009) e Kenski (2012), para a compreensão do envelhecimento, terceira idade e uso das tecnologias; Ropé e Tanguy (2003) e Perrenoud (1999, 2013), para os aspectos relacionados às habilidades. Para esse estudo, adotamos uma metodologia de natureza qualitativa, com caráter descritivo. Quanto aos procedimentos, optamos por desenvolver uma pesquisa participante. Como instrumentos de coleta de dados, utilizamos a observação das aulas, a aplicação de questionários online, no formulário Google, e entrevistas semiestruturadas. Para o processo de análise, usamos a análise de conteúdo, estabelecida por Bardin (2011) e Moraes (1999). Na análise dos dados, observamos que as habilidades digitais apresentadas nas falas dos participantes, para sua inclusão no mundo digital, e as habilidades desenvolvidas no curso favorecem a comunicação e a interação em seu convívio social. Os resultados mostram que o desenvolvimento das habilidades digitais pelas pessoas da terceira idade estão voltados para a comunicação, interação e entretenimento desses indivíduos no mundo digital. Consideramos nos resultados desse estudo que o desenvolvimento dessas habilidades digitais para a inclusão digital das pessoas da terceira idade, na cultura digital, para alguns participantes, pode ser ainda um desafio a ser enfrentado pela sociedade. This research is part of the Technological and Educational Research Study, which belongs to the Post-Graduation Program in Mathematical and Technological Education (EDUMATEC) in the Federal University of Pernambuco (UFPE). and aims at analyzing the digital skills developed by people of the elderly for their inclusion in the digital culture, with the use of smartphones. For that, the specific objectives established are: a) to verify the perception of the elderly about the digital skills necessary for their inclusion in the digital culture; b) to identify the digital skills developed by the elderly in the digital inclusion course; c) to relate the perceptions that elderly people have about the skills necessary for their inclusion in digital culture, with the digital skills developed by them in the digital inclusion course. It is important to realize that the insertion and expansion of digital technologies in society implies social changes and, with respect to the elderly, the use of digital technologies can favor their quality of life and longevity, although many of them have motor difficulties and cognitive factors imposed by age and, with that, they can remain excluded from the digital context. In this sense, it is essential to enhance the digital skills necessary for their inclusion in the digital world. The authors we used for this study were: Cazeloto (2008) and Warschauer (2006), for the analysis of digital and social inclusion; Castells (2006, 2013), to discuss aspects related to the information society; Debert (1999, 2011), Netto (1997), Kachar (2003), Lemos (2009) and Kenski (2012), for understanding aging, the elderly and the use of technologies; Ropé and Tanguy (2003) and Perrenoud (1999, 2013), for aspects related to skills. The methodology used was qualitative research, of a descriptive nature. As for the procedure, we developed a participatory research. Instruments of data collection included the observation of classes, the application of online questionnaires, in the Google form, and semi-structured interviews. The information collected was analyzed through content analysis, established by Bardin (2011) and Moraes (1999). In the data analysis, we observed that the digital skills presented in the participants' statements, for their inclusion in the digital world and the skills developed in the course, favor communication and interaction in their social life. The results show that the development of digital skills by the elderly are aimed at the communication, interaction and entertainment of these individuals in the digital world. We also concluded that the development of these digital skills for the digital inclusion of the elderly, in the digital culture, for some participants, can still be a challenge to be faced by society.