Este trabalho parte da asserção de que relações de poder e hierarquias são observadas em ambientes coletivos - notadamente, redes - que se apresentam como arquiteturas de tendências horizontais. Assim, o estudo tem por objetivo descrever como são percebidas as relações de poder e as hierarquias em redes de ONGs ou com a participação delas, segundo o olhar de seus diversos operadores (participantes, apoiadores e facilitadores). É um estudo qualitativo, descritivo, preocupado em visualizar um quadro, não geral, mas significativo das percepções sobre as relações internas daquelas redes, podendo, assim, descrevê-las de forma a compreender o olhar de seus operadores em relação aos movimentos do poder, além de seu posicionamento diante daqueles considerados seus pares. A base teórica tem como foco principal os estudos de redes, destacando a Sociologia das Traduções (Teoria Ator-Rede), com base em autores como Michel Callon, Bruno Latour e John Law; e uma abordagem das Relações de Poder em ambientes coletivos, partindo do olhar de Georg Simmel acerca do Conflito e das Superordenações e Subordinações.FACEPEThis work rose from the assertion that power relations and hierarchies are observed in collective environments - notably, networks - that are known as architectures of horizontal tendencies. The objective of this study is to describe how power relations and hierarchies are perceived in NGO networks, or with their participation, according to the viewpoint of their various operators (participants, supporters and facilitators). The work was developed as a qualitative, descriptive study concerned in visualising a picture, which instead of being general, was significant regarding perceptions on the internal relations of these networks, thus being able to describe them in order to understand the viewpoints of its members in relation to the movements of power and their positioning in relation to their peers. The theoretical framework has as main focus the network studies, highlighting the Sociology of Translations (The Actor-Network Theory) , based on authors such as Michel Callon, Bruno Latour and John Law, and an approach to power relations in collective environments from the viewpoint of Georg Simmel on Conflict and Superordination and Subordination.