bachelorThesis
Introns do grupo I no mitogenoma de fungos: aspectos evolutivos e sua relevância na micologia médica
Group I introns in fungal mitogenome: evolutionary aspects and their relevance in medical mycology
Registro en:
2015071906
GOMES, Ronald Muryellison Oliveira da Silva. Introns do grupo I no mitogenoma de fungos: aspectos evolutivos e sua relevância na micologia médica. 2021. 74 f. Monografia (Graduação em Biomedicina) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2021.
Autor
Gomes, Ronald Muryellison Oliveira da Silva
Resumen
Group I introns (IGI) are small RNAs (250-500 nt) capable of catalysing their own splicing from the precursor RNA. They are widely distributed across the tree of life and have intricate relationships with their host genomes. In this work we gather information published in the scientific literature and in the MitoFun database about group I mitochondrial introns in Fungi Kingdom, in order to understand, from an evolutionary perspective, the distribution of these elements in genes and genomes and their possible impact on mitochondrial morphology and function, as well as their influence on their host's fitness, concerning virulence and susceptibility to antifungals. The existing literature highlights the relationship between presence and absence of autocatalytic introns with differences in the pattern of mitochondrial fission and fusion, respectively and suggests that strains with more introns in the mitogenome are less virulent and more sensitive to drugs such as 5-fluocytokine and amphotericin B. Our findings confirm the greater presence of these elements in the mitochondrial genes cox1, cob and rnl, both with regard to the number of introns and insertion sites. Interestingly, our data reveal that pathogenic fungi have, on average, less autocatalytic introns than the others, suggesting that the IGI distribution is not sporadic but may be related to fungi lifestyle and to different evolutionary pressures. Os introns do grupo I (IGI) são pequenos RNAs (250-500 nt) capazes de catalisar seu próprio splicing a partir do RNA precursor. Estão amplamente distribuídos pela árvore da vida e possuem intrincadas relações com seus genomas hospedeiros. Neste trabalho reunimos informações publicadas na literatura científica e no banco de dados MitoFun a respeito de introns mitocondriais do grupo I no Reino Fungi, principalmente em fungos patogênicos, a fim de compreender, sob uma perspectiva evolutiva, a distribuição desses elementos em genes e genomas e seu possível impacto na morfologia e função mitocondrial, bem como sua influência sobre a aptidão do seu hospedeiro em aspectos como a virulência e suscetibilidade à antifúngicos. A literatura existente evidencia a relação entre presença e ausência de introns autocatalíticos com diferenças no padrão de fissão e tubulação mitocondrial, respectivamente, e sugere que cepas com mais introns no mitogenoma são menos virulentas e mais sensíveis a drogas como 5-fluocitocina e anfotericina B. Nossos achados confirmam a maior presença desses elementos nos genes mitocondriais cox1, cob e rnl, tanto no que diz respeito ao número de introns como de sítios de inserção. Interessantemente, nossos dados revelam que fungos patogênicos possuem em média menos introns autocatalíticos do que os demais, sugerindo que a distribuição de IGI não é esporádica, mas pode estar vinculada ao estilo de vida do fungo e a diferentes pressões evolutivas.