The sea is being continuously impacted by anthropogenic noise (anthropophony), largely harmful for marine biota. The field of soundscape is promising for long term environmental monitoring given its viability and low invasiveness. However, a robust methodology for the interpretation of soundscape data is still needed, especially for aquatic environments. Hence, the objective of the present work was to analyze how different acoustic indices and other descriptive acoustic metrics react to two levels of anthropophony in a marine environment. Data were collected in Abrolhos/BR in two areas: Control (low vessel traffic) and Treatment (high vessel traffic). For each area, we calculated PSD, nine acoustic (ACI, BGN, SNR, ACT, 1-H[t], 1-H[s], NDSI, EVN and SPD) indices and two visualization tools: Long-Duration FalseColours and ribbonplots. The two areas presented a different pattern in the PSD at frequencies below 600Hz, with Treatment presenting higher sound levels; such frequency range is characteristic of boat noise. Some indices were not able to differentiate the areas (SNR and ACT) while others were (p <.05), having more probable higher values in the Control (1-H [t], NDSI, 1-H [s]) or Treatment area (ACI, SPD, ACT, BGN). These results indicate that NDSI was able to distinguish anthropophony from zoophony, being useful as a measure of anthropic disturbance in a soundscape, whereas 1-H [t] and 1-H [s] acted as measures of acoustic dominance. ACI was influenced by the vocalization of a single species and should be used with caution as a measure of diversity. The result obtained in the LDFC and ribbonplots revealed complex sounds of diel patterns. Such patterns are derived from humpback whale singing activity, which uses the area as a breeding ground. The present work contributes to the methodological improvement of a soundscape approach in monitoring marine environments.O mar vem sendo continuamente impactado por ruídos antropogênicos (antropofonia), amplamente prejudiciais à biota marinha. O campo da paisagem acústica tem se mostrado promissor no monitoramento ambiental de longo prazo dada sua viabilidade e baixo teor invasivo. Contudo, ainda se carece de uma metodologia robusta para interpretação de dados de paisagens sonoras, especialmente para ambientes aquáticos. Assim, o objetivo do presente trabalho foi analisar como diferentes índices acústicos e outras métricas descritivas de paisagens sonoras reagem a dois níveis de antropofonia em um ambiente marinho. Os dados foram coletados no PARNAM Abrolhos/BA, em duas áreas: Controle (baixo tráfego de barcos) e Tratamento (alto tráfego de barcos). Para cada área foi calculado o PSD e 9 índices acústicos (ACI, BGN, SNR, ACT, 1-H[t], 1-H[s], NDSI, EVN and SPD) e foram feitas duas formas de visualização de dados: Long-Duration False-Colours e ribbonplots. As duas áreas apresentaram um padrão diferente no PSD em frequências abaixo de 600Hz, com o tratamento apresentando maiores intensidades sonoras; tal faixa de frequência é característica de ruídos de barcos. Alguns índices não foram capazes de diferenciar as áreas (SNR e ACT) enquanto outros foram (p<.05), tendo valores altos mais prováveis na área Controle (1-H[t], NDSI, 1-H[s]) ou no Tratamento (ACI, SPD, ACT, BGN). Esse resultado é indicativo de que o NDSI conseguiu distinguir antropofonia de zoofonia, sendo indicado como medida de distúrbio antrópico de uma paisagem, enquanto que 1-H[t] e 1-H[s] atuaram como medidas de dominância acústica. ACI se mostrou influenciado pela vocalização de uma única espécie e deve ser utilizado com cuidado como medida de diversidade. O resultado obtido nos LDFC e ribbonplots revelou padrões sonoros complexos de reprodução diária. Tais padrões são advindos de cantos de baleia Jubarte, a qual utiliza a área como sítio de acasalamento. O presente trabalho contribui para o aprimoramento metodológico da ecologia acústica no monitoramento de ambientes marinhos.