bachelorThesis
Efeito do tratamento ácido e térmico sobre a influencia pozolância da cinza da casca de arroz em pastas de cimento para poços de petróleo
Registro en:
2013016683
THOMAS, J.E. Fundamentos de engenharia do petróleo, Editora Interciência. Petrobrás, Rio de Janeiro, 2004.
NELSON, E.B., Well cementing, Saint-Etienne: Schulumberger Educational Services, 1990.
ROSZCZYNIALSKI, W. “Determination of pozzolanic activity of materials by thermal analysis.” Journal of Thermal Analysis and Calorimetry, Vol. 70, 2002: 387– 392.
FORDHAM, C. J., e I. J. SMALLEY. “A simple thermogravimetric study of hydrated cement.” Cement and Concrete Research 15, 1985: 141-144.
Soares Lech W.O. et al., The effect of rice husk ash as pozzolan in addition to cement Portland class G for oil well cementing, 2015.
Nelson, E.B., Guillot, D., 2006. Well Cementing, second ed. Schlumberger, Texas. Paya, J., 2003. Determination of the pozzolanic activity of fluid catalytic cracking residue. Thermogravimetric analysis studies on FC3R–lime pastes. Cem. Concr. Res. 33, 1085–1091.
Autor
Teixeira, Mizraim Bessa
Resumen
A busca por matérias primas alternativas impulsiona os estudos com materiais considerados rejeitos na indústria. A casca de arroz, assim como o bagaço de cana e outros subprodutos, apresenta uma significativa quantidade de sílica em sua composição. Ao se calcinar a casca obtemos a cinza da casca de arroz, que aqui chamamos de CCA. A CCA é um material pozolânico que quando adicionado ao cimento reage com o hidróxido de cálcio (CH) liberado na hidratação do cimento. A portlandita, como é denominado esse hidróxido de cálcio, não contribui com a resistência mecânica do cimento, sua presença no cimento curado é indesejada. Quando a sílica da casca reage com a Portlandita forma-se um composto cimentício, o silicato de cálcio hidratado, CSH. O CSH é o principal responsável pela resistência do cimento curado, assim, quando o material pozolânico reage com a Portlandita gerando CSH secundário, aumenta a sua resistência mecânica. Existem tratamentos ácidos da casca já relatados. Nesse trabalho, as concentrações do ácido HCl usadas foram de 1-3M. As concentrações escolhidas foram baseadas nas concentrações usadas por artigos da literatura. Utilizamos três temperaturas de calcinação, 500, 700 e 900°C. Com essa cinza obtida, formulamos 2,5 ml de pasta de cimento (CPP Classe G) e deixamos curar por 28 dias a 38°C. Os resultados mostram que há uma tendência à cristalinidade da cinza com o aumento da temperatura de calcinação, logo, altas temperaturas são desnecessárias. Também foi possível observar que o tratamento ácido pode ser dispensado a baixas temperaturas de calcinação, eliminando assim a etapa de lavagem ácida. Com isso foi possível concluir que a CCA pode ser empregada em pastas de cimento para poços de petróleo. A baixas temperaturas de calcinação o tratamento ácido é dispensável, tornando ainda mais barato usar a cinza para formulações de pasta.