bachelorThesis
Autonomia e movimento operário em Cornelius Castoriadis
Registro en:
2012944388
MARQUES, Alfran Marcos Borges. Autonomia e movimento operário em Cornelius Castoriadis. 2015. 44f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Curso de Filosofia, Departamento de Filosofia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2015. CD-ROM.
Autor
Marques, Alfran Marcos Borges
Resumen
A pesquisa consiste em apresentar as noções conceituais e argumentos mais
importantes para Cornelius Castoriadis que permitam elucidar o papel da ação política
operária na busca pela autonomia coletiva e individual. A partir da delimitação históricoconceitual
da reflexão filosófica sobre o desenvolvimento do movimento operário,
demonstram-se as principais críticas de Castoriadis dirigidas ao gerenciamento científico da
produção, às tendências burocráticas da sociedade contemporânea e à alienação promovida
pela ideologia capitalista. Para tanto, é essencial compreender as categorias usadas em todo o
seu percurso filosófico: luta implícita, luta explícita, organização operária e contradição
fundamental do capitalismo. A relação entre movimento operário e projeto de autonomia
torna-se de máxima importância para Castoriadis, o que exige repensar a participação política
a partir de uma perspectiva substancial, ou seja, por meio da radicalização profunda da
própria noção de democracia. Em suma, o presente estudo procura analisar a autonomia
operária em Castoriadis reconstruindo o percurso histórico que o levou do marxismo às
noções de autonomia e imaginário social radical e, em seguida, como essa teoria social
defende a conquista do autogoverno coletivo e popular. Este debate propõe elucidar os
fenômenos que encarnam a heteronomia e a administração burocrática da sociedade: o
marxismo ortodoxo e o capitalismo. Diante das sombras deixadas pelo declínio da teoria
socialista e da alienação cada vez mais brutal do capitalismo, pensar a autonomia de forma
radical é o único modo de viabilizar a ação consciente, lúcida e criativa. Somente assim a
auto-instituição da sociedade apresentar-se-ia explicitamente aos olhos dos indivíduos
tornando-os portadores da responsabilidade de edificar a organização coletiva. Esta
capacidade de julgar as significações e a instituição social em sua totalidade implica um tipo
inédito de ser social e histórico.