Introduction: With the introduction of CAD/CAM technology (computer-aided design/computer-aided manufacturing) and intraoral scanners, it has become possible to obtain prosthetic works with greater precision and less working time. However, when it comes to the digitalization of full edentulous arches rehabilitated with multiple implants to obtain infrastructures for implant-supported fixed complete dentures with passive fit, it is seen as a challenge, given the absence of anatomic reference, angulation and distance between the implants. Objective: To evaluate the accuracy of the intraoral scanner for the fabrication of infrastructures with passive adjustments through a systematic review. Material and Methods: This systematic review followed the PRISMA protocol and was registered on the PROSPERO platform. A search was performed in MEDLINE/PubMed, Scopus, Web of Science and the Cochrane Library including all articles published up to December 2021. In addition, a gray literature search (Expertscape, Google Scholar and OpenGrey) was added. All selected studies evaluated the passivity and/or unsuitability of frameworks for implant-supported fixed complete dentures manufactured by digital workflow using an intraoral scanner and compared with the conventional workflow. A quality assessment of the included studies was performed based on the adapted Critical Appraisal Skills program (CASP) and MINORS (Methodological Index for Non-Randomized Studies). Results: Four studies were included, two randomized controlled trials and two in vitro studies. Three studies performed splinting for scanning, one using the conventional technique only, one using the digital technique and one using both techniques. Passivity was evaluated by the Sheffield test in in vitro studies and mean values of misfits between < 30 µm and < 23 µm were observed in the digital method. In clinical studies, it was observed that all infrastructures made by digital flow were passive, showing a survival rate of implants and prostheses made around 100%, with no statistically significant differences regarding peri-implant bone loss between flow of conventional and digital work. In these clinical studies, they also observed that digital procedures take less time to perform when compared to conventional procedures and the difference was statistically significant (p < 0.001). Conclusion: There is still not enough scientific evidence to indicate the most accurate technique, but the results of the studies present in the literature so far show that the digital technique using the intraoral scanner can be a promising technique, since clinically acceptable levels of misfit can be obtained by this method, and may be a valid and faster treatment option for the rehabilitation of complete arches.Introdução: Com a introdução da tecnologia CAD/CAM (desenho assistido por computador/manufatura assistida por computador) e scanners intraorais, tornou-se possível a obtenção de trabalhos protéticos com maior precisão e menor tempo de trabalho. No entanto, quando se trata da digitalização de arcos edêntulos totais reabilitados com múltiplos implantes para a obtenção de infraestruturas para próteses totais fixas implantossuportadas com ajuste passivo, é visto como um desafio, em face da ausência de referência anatômica, angulação e distância entre os implantes. Objetivo: Avaliar a acurácia do scanner intraoral para a fabricação de infraestruturas com ajustes passivos por meio de uma revisão sistemática. Material e Métodos: Esta revisão sistemática seguiu o protocolo PRISMA e foi registrada na plataforma PROSPERO. Foi realizada uma busca no MEDLINE/PubMed, Scopus, Web of Science e Cochrane Library incluindo todos os artigos publicados até dezembro de 2021. Além disso, foi acrescentada uma busca na literatura cinzenta (Expertscape, Google Scholar e OpenGrey). Todos os estudos selecionados avaliaram a passividade e/ou desadaptação de infraestruturas para próteses totais fixas implantossuportadas fabricadas por fluxo de trabalho digital com uso de scanner intraoral e compararam com o fluxo de trabalho convencional. Uma avaliação da qualidade dos estudos incluídos foi realizada baseada no Critical Appraisal Skills program (CASP) e MINORS (Índice Metodológico para Estudos Não-Randomizados) adaptada. Resultados: Quatro estudos foram incluídos, dois estudos clínicos controlados e randomizados e dois estudos in vitro. Três estudos realizaram a esplintagem para escaneamento, um apenas na técnica convencional, um na digital e um em ambas as técnicas. A passividade foi avaliada pelo teste de Sheffield nos estudos in vitro e foi observado valores médios de desajustes entre < 30 µm e < 23 µm no método digital. Nos estudos clínicos observou-se que todas as infraestruturas confeccionadas pelo fluxo digital estavam passivas, mostrando uma taxa de sobrevida dos implantes e das próteses confeccionadas em torno de 100%, não havendo diferenças estatisticamente significativas quanto a perda óssea peri-implantar entre o fluxo de trabalho convencional e digital. Nesses estudos clínicos, observaram também que os procedimentos digitais levam menos tempo para serem realizados quando comparados com os procedimentos convencionais e a diferença foi estatisticamente significativa (p < 0.001). Conclusão: Ainda não há evidências científicas suficientes que indiquem a técnica mais precisa, porém os resultados dos estudos presentes na literatura até o momento mostram que a técnica digital com uso do scanner intraoral pode ser uma técnica promissora, visto que, níveis clinicamente aceitáveis de desajuste podem ser obtidos por este método, podendo ser uma opção de tratamento válida e mais rápida para a reabilitação de arcos completos.