bachelorThesis
Tráfico internacional de crianças e o paradoxo da adoção internacional, partindo do emblemático caso Planalto
Fecha
2014-11Registro en:
SOUZA, David Emmanuel da Silva. Tráfico internacional de crianças e o paradoxo da adoção internacional, partindo do emblemático caso Planalto. 2014. 56f. Trabalho de Conclusão de Curso (Monografia), Departamento de Direito, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2014.
Autor
Souza, David Emmanuel da Silva
Resumen
O presente trabalho de conclusão de curso parte do desaparecimento não solucionado de cinco crianças do Bairro do Planalto, zona leste de Natal/RN no período entre 1988 e 2002. A partir do Caso Planalto, tem como objetivos analisar a dificuldade do Brasil em perceber o Tráfico Internacional de Crianças a partir da problemática da carência legislativa, discutir a possibilidade de adoção internacional e perceber como o instrumento de proteção internacional à criança, a Convenção de Haia, reflete no ordenamento jurídico brasileiro ao garantir que as adoções internacionais sejam feitas segundo o interesse superior da criança e do adolescente, respeitando os direitos fundamentais que lhes reconhecem o direito internacional. Busca entender por que o Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo posterior ao Código Penal e específico para tratar desses sujeitos menores de dezoito anos, não aborda o crime de forma mais aprofundada e cuidadosa e, em contrapartida, o porquê do Código Penal, ao longo dos anos, também não ter se atualizado nesta temática. Além disso, tenta mostrar que o acordo coletivo internacional que tutela a adoção internacional regula a matéria de forma mais abrangente, reconhecendo que a adoção internacional pode apresentar a vantagem de dar uma família permanente à criança para quem não se possa encontrar uma família adequada em seu país de origem, ao passo que o legislador brasileiro criou inúmeras dificuldades para a saída do menor do território nacional. Percebendo-se, assim, inúmeras divergências entre o Código Penal, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Convenção de Haia, procura exigir das autoridades competentes uma urgente produção de normas que tutelem, atribuindo o verdadeiro valor, para a dignidade da criança.