bachelorThesis
Relatório da grande reportagem "Pobreza menstrual e seus impactos: relatos de uma Natal que sangra".
Registro en:
SANTOS NETA, Francisca Pires dos. Relatório da grande reportagem "Pobreza menstrual e seus impactos: relatos de uma Natal que sangra". 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Jornalismo) –
Departamento de Comunicação do Social. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2022.
Autor
Santos Neta, Francisca Pires dos
Resumen
The reportage "Menstrual poverty and its impacts: Reports of a natal that bleeds" seeks to make visible the stories of Potiguar women who have suffered or still suffer from menstrual poverty, thus expanding the debate on the topic and the need for public policies that solve it. Although menstruation is a physiological phenomenon in the life of every person who has a uterus, the lack of resources and access to face this period in a safe and hygienic way is a reality for many people who live in vulnerable conditions in rural or urban environments. Edilma, Eleide, Andreza, Hélida, and Herika are women from Potiguar, who live in the Emmanuel Bezerra Occupation and have already lived the terrifying experience of not having how to properly manage their own menstruation. The stories are told from a sensitive observation of the memories they use to construct their accounts and of the visible sequels left by the denial of a right that should be basic and unquestionable. Through personal accounts and life stories, the work demonstrates that menstrual dignity is a public health issue and contributes to the breaking down of prejudices that permeate the issue of menstruation. A grande reportagem “Pobreza menstrual e seus impactos: relatos de uma Natal que sangra”
busca visibilizar as histórias de mulheres potiguares que sofreram ou ainda sofrem com a
pobreza menstrual, ampliando assim, o debate sobre a temática e a necessidade de políticas
públicas que a solucionem. Ainda que a menstruação seja um fenômeno fisiológico na vida de
toda pessoa que tem útero, a falta de recursos e acessos para enfrentar esse período de forma
segura e higiênica é uma realidade para muitas pessoas que vivem em condições de
vulnerabilidade em ambientes rurais ou urbanos. Edilma, Eleide, Andreza, Hélida e Herika
são mulheres potiguares que moram na Ocupação Emmanuel Bezerra e já viveram a
experiência aterrorizante de não ter como manejar corretamente a própria menstruação. As
histórias são contadas a partir de uma observação sensível das memórias que usam para
construir seus relatos e das sequelas visíveis deixadas pela negativa de um direito que deveria
básico e indiscutível. Por meio dos relatos pessoais e histórias de vida, o trabalho demonstra
que a dignidade menstrual é uma questão de saúde pública e contribui para o rompimento dos
preconceitos que permeiam a questão da menstruação.