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Achados fundoscópicos em crianças portadoras de anemia falciforme no estado do Rio Grande do Norte
Fecha
2002Registro en:
GARCIA, C. A. A. ; FERNANDES, Maria Zélia ; UCHÔA, Uchoandro Bezerra Costa ; CAVALCANTE, Bruno de Morais ; UCHÔA, Raquel Araújo Costa . Achados fundoscópicos em crianças portadoras de anemia falciforme no Estado do Rio Grande do Norte. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia , São Paulo - Brasil, v. 65, n.06, p. 615-618, 2002
0004-2749
Autor
Garcia, Carlos Alexandre de Amorim
Fernandes, Maria Zélia
Uchôa, Uchoandro Bezerra Costa
Cavalcante, Bruno de Morais
Uchôa, Raquel Araújo Costa
Resumen
Detectar os principais achados fundoscópicos em crianças portadoras de hemoglobinopatias falciformes. Métodos: Foram estudados 26 pacientes com hemoglobinopatias falciformes, no Serviço de Oftalmologia do Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal, RN, que foram submetidos a protocolo de pesquisa pré-estabelecido. Os resultados foram avaliados estatisticamente pelo teste qui-quadrado. Resultados: A idade média foi de 10,6 anos, com acuidade visual igual ou melhor que 20/25 na maioria, excetuando-se 3 olhos, que apresentavam outras doenças associadas.
O tipo mais freqüente foi o SS com 57,7% (15/26) dos casos, seguido pelos SC e SA com 15,4% (4/26) cada, e pelo S-Thal com 11,5% (3/26). A freqüência da retinopatia por células falciformes foi maior após os 10 anos de idade, sendo mais freqüente, em valores relativos, no tipo S-Thal (100% dos casos) e, em valores absolutos, no tipo SS (9 casos). Os dois achados mais comuns foram tortuosidade venosa (12/26) e “black sunburst” (7/26).
Conclusões: Observamos que a incidência de retinopatia por células falciformes aumentou após os 10 anos de idade e não evidenciamos achados da doença proliferativa. Portanto, enfatizamos a necessidade do exame oftalmológico precoce nos portadores de anemia falciforme, como forma de prevenir futuras complicações oculares