Tese de doutorado
Resposta cortisolêmica e sensibilidade ao hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) de jundiá (Rhamdia quelen) em exposição sub-letal a agrotóxicos
Fecha
2009-05-18Registro en:
CERICATO, Leonardo. Resposta cortisolêmica e sensibilidade ao hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) de jundiá (Rhamdia quelen) em exposição sub-letal a agrotóxicos. 2009. v, 81 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Centro de Aqüicultura, 2009.
000614391
cericato_l_dr_jabo.pdf
33004102049P7
Autor
Neto, Joaquim Gonçalves Machado [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Resumen
A intensificação das práticas agrícolas e o aumento da produção geralmente dependem da aplicação de agrotóxicos, que podem direta ou indiretamente contaminar as fontes de água, córregos, açudes e lençóis freáticos. O peixe jundiá (Rhamdia quelen) é uma espécie da família Siluridae que ocorre no sul da América do Sul. Devido a sua prolificidade, robustez e bom ganho de peso, a espécie tem sido intensivamente estudada. A resposta ao estresse é uma reação do organismo a uma variedade de fatores adversos e compreende uma série de processos fisiológicos adaptativos coordenados pelo eixo hipotálamohipófise- interrenal (eixo HHI). O impacto de contaminantes sobre a síntese dos hormônios corticosteróides ainda é pouco conhecido para peixes tropicais. Estes hormônios possuem importante papel em processos fisiológicos como crescimento, metabolismo, balanço hidromineral, reprodução e sistema imune. Assim, qualquer impacto no seu eixo neuroendócrino pode afetar o desempenho do animal. O efeito deletério dos contaminantes sobre o eixo HHI pode ser classificado como interrupção endócrina. Neste caso, um peixe sob estresse tem significativamente reduzida sua capacidade de elevar o cortisol plasmático e, assim, fica fisiologicamente comprometido e não responde adequadamente aos estressores comuns em seu ambiente. Assim, este trabalho avaliou a resposta de estresse de jundiás quando expostos á cinco agrotóxicos, por meio da avaliação da resposta cortisolêmica a estressor padrão e pelo teste de sensibilidade ao hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). Com os resultados obtidos pode-se perceber que, a exposição sub-letal ao metil-paration, atrazine+simazine e glifosato exercem um efeito deletério na resposta cortisolêmica a um estressor adicional em jundiá (Rhamdia quelen) e que em teste... Exposure to agrichemicals can have deleterious effects on fish, such as disruption of the hypothalamus–pituitary–inter-renal axis (HPI) that could impair the ability of fish to respond to stressors. In this study, fingerlings of the teleost jundiá (Rhamdia quelen) were used to investigate the effects of the commonly used agrichemicals on the fish response to stress. Five agrichemicals were tested: the fungicide (tebuconazole), the insecticide (methyl-parathion), and the herbicide (atrazine, atrazine+simazine, and glyphosate). Control fishes were not exposed to agrichemicals and standard stressors. In treatments 2– 4, the fishes were exposed to sub-lethal concentrations (16.6%, 33.3%, and 50% of the LC50) of each agrichemical for 96 h, and at the end of this period, were subjected to an acute stress-handling stimulus by chasing them with a pen net. In treatments 5–7 (16.6%, 33.3%, and 50% of the LC50), the fishes were exposed to the same concentrations of the agrichemicals without stress stimulus. Treatment 8 consisted of jundiás not exposed to agrichemicals, but was subjected to an acute stress-handling stimulus. Jundiás exposed to methyl-parathion, atrazine+simazine, and glyphosate presented a decreased capacity in exhibiting an adequate response to cope with stress and in maintaining the homeostasis, with cortisol level lower than that in the control fish (P<0.01). In conclusion, the results of this study clearly demonstrate that the acute exposure to sub-lethal concentrations of methyl parathion, atrazine+simazine, and glyphosate exert a deleterious effect on the cortisol response to an additional acute stressor in the jundiá fingerlings.