Dissertação de mestrado
Manoel de Barros e a Oficina de Transfazer Natureza
Fecha
2013-03-22Registro en:
SANTOS, Suzel Domini dos. Manoel de Barros e a Oficina de Transfazer Natureza. 2013. 172 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho. Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, 2013.
000715283
santos_sd_me_sjrp.pdf
33004153015P2
Autor
Busato, Susanna [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Resumen
Manoel de Barros, poeta que surgiu no horizonte da literatura brasileira no ano de 1937, tem na imagem poética e na metalinguagem os principais pontos de força de sua poesia, ou seja, a poesia barrosiana se caracteriza pela interpenetração de dois espaços de linguagem, o imagético e o metalinguístico. A matéria-prima da elaboração imagética de Manoel de Barros é buscada, principalmente, nos paradigmas lexicais da natureza, do Pantanal mato-grossense e do ínfimo. Quanto ao princípio de base que rege a construção da imagem poética, destacamos a fusão de realidades totalmente dissonantes entre si. Os elementos que servem de matéria-prima são retirados de seus lugares habituais e atualizados por um olhar subjetivo que opera por via da analogia, o que acaba por gerar uma Natureza poética supra-real que tende a desacomodar o leitor na medida em que lhe rouba as referências. Tal operação retoma recursos de construção poética utilizados pelos surrealistas. À luz de um diálogo com fundamentos da modernidade lírica, e de uma revisitação ao surrealismo, lançamos foco sobre um livro em específico, O guardador de águas, que traz concomitantemente a atuação e a concepção da Natureza como metalinguagem. A partir da análise de uma seleção de poemas que compõem o livro em questão, buscamos mostrar que Manoel de Barros introjeta nas malhas de um discurso poético densamente imagético seu pensamento crítico, fazendo do poema um suporte para a crítica Manoel de Barros, a poet that appeared on the horizon of Brazilian literature in 1937, has the poetic image and the metalanguage as the main strength points of his poetry, that is, the Barrosiana poetry is characterized by the interpenetration of two spaces of language, the imaging and the metalinguistic. The raw material of the imaging elaboration of Manoel de Barros is searched, mainly, on the lexical paradigms of nature, of the intimate and of the Pantanal from Mato Grosso and Mato Grosso do Sul. Regarding the base principle that governs the construction of the poetic image, we highlight the fusion of totally dissonant realities between themselves. The elements used as raw materials are taken from their usual position and updated by a subjective look that operates by means of analogy, what generates an above-real poetic Nature that tends to cause strangeness to the reader once it removes the references. This operation retakes poetic construction resources used by the surrealists. Regarding a dialog with the lyrical modernity foundations and a revisit of surrealism, we focus on a specific book, O guardador de águas, that brings concomitantly the action and the conception of Nature as metalanguage. From the analysis of a selection of poems that constitute the referred book, we intent to show that Manoel de Barros introjects in the tissue of a densely imaging poetic discourse his critical thought, making the poem a support for the criticism