Dissertação de mestrado
Os sentidos da liberdade... A gíria prisional como resultado de uma produção léxica criativa e significativa
Fecha
2008-05-19Registro en:
SILVA, Maria Edileuza Tavares. Os sentidos da liberdade... A gíria prisional como resultado de uma produção léxica criativa e significativa. 2008. 135 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, 2008.
000558651
silva_met_me_arafcl.pdf
33004030009P4
0432607332289452
Autor
Del Re, Alessandra [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Resumen
Este trabalho traz à tona uma das variedades presentes no léxico português: a gíria, falada, em especial, por um grupo socialmente delimitado: sujeitos na condição de presos. Estas gírias prisionais estão distribuídas em torno de um corpus configurado como um léxico. Por essa razão, as gírias serão analisadas com base numa abordagem léxico-semântica e, sobretudo, sociolingüística. A análise dessas unidades lexicais foi desenvolvida a partir de algumas etapas, nas quais as gírias foram agrupadas de acordo com seu campo lexical; identificadas por meio do recurso lingüístico utilizado; identificadas de acordo com seu registro em dicionário. A pesquisa visa destacar a importância de se estudar a gíria, em meio a essas abordagens lingüísticas, tratando-a como uma unidade do léxico, passível de ser analisada enquanto tal e, quando necessário, em unidades ainda menores. Neste trabalho, destacam-se os processos lingüístico-semânticos, empregados pelos falantes na formação dessas gírias, que, na sua maioria, resultam de comparações feitas entre elementos presentes no próprio ambiente carcerário, ou ainda de associações semânticas estabelecidas entre a designação (gíria) e o conceito (seu referente naquele contexto). Disso, decorrem variados processos formativos de palavras, evidenciando que as gírias são formadas a partir de regras que norteiam a concepção de todas as outras unidades do léxico. O tema em questão abre discussões acerca do uso da gíria enquanto uma “ferramenta a mais” que seus falantes (aqui, os presos) dispõem para se adaptar às condições ditadas pela instituição penal e, ainda, do “papel” da gíria enquanto uma variedade da língua, utilizada pela massa de falantes em geral, e que, igualmente as demais variedades lexicais, a gíria deve se adequar à situação de uso, contribuindo, sobretudo, para condenar possíveis formas de preconceito lingüístico. Cette recherche aborde une des variétés dans le lexique portugais : l’argot, parlée, en particulier, par un groupe, délimité socialment : des individus qui sont prisonniers. Ces argots sont distribués dans un corpus figuré, comme un lexique. C’est pourquoi nous proposons l'étude des argots de prisonniers, du point du vue d’une approche lexicale, sémantique et surtout, sociolinguistique. L’ analyse des unités lexiques a été faite à partir de quelques étapes, dans lesquels les argots ont été groupés selon leurs champs lexicaux ; identifiés par des procédés linguistiques et sémantiques utilisés ; identifiés conformément leurs registres dans les dictionaires. La recherche veut souligner l’importance d’étudier l’argot, devant cettes approches linguistiques, comme une unité du lexique qui peut être analisée en tant que tel et, s’il le faut, en unités encore plus petites. Dans cette recherche, nous avons souligné les procédés linguistiques et sémantiques que les parlants emploient dans la formation des argots qui dans la plupart viennent des comparaisons entre les éléments présents au milieu des prisionniers, ou encore des comparaisons sémantiques entre la désigantion et le concept (des argots). En partant de ce principe,on peut avoir de procédés variés qui forment des mots, tout en mettant en évidence le fait que les argots sont aussi formés à partir de régles qui composent la conception de tous les autres mots du lexique. Le sujet en débat ouvre des discussions sur l’utilisation des argots, comme « un outil de plus » que leur parlants disposent pour s’adapter au contexte de la prison, et encore « de la foction » des argots comme une variété de la langue, utilisé pour tous les parlants en général, et, comme des autres variétés de la langue, doivent s’adapter aux circonstances d’utilisation, en contribuant, surtout...(Complete abstract, click electronic access below)