Artigo
Teste tuberculínico em indivíduos com infecção pelo vírus da imunodeficiência humana: relação com número de linfócitos T periféricos e atividade tuberculosa
Fecha
2006-10-01Registro en:
Jornal Brasileiro de Pneumologia. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, v. 32, n. 5, p. 438-443, 2006.
1806-3713
10.1590/S1806-37132006000500011
S1806-37132006000500011
S1806-37132006000500011.pdf
5020559826568182
Autor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Universidade Federal do Ceará (UFC)
Resumen
OBJETIVO: Avaliar os resultados do teste tuberculínico e relacioná-los com a presença ou não de tuberculose em atividade e com a contagem de linfócitos T CD4+/CD8+. MÉTODOS: Foram revisados 802 prontuários de pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida atendidos no período de agosto de 1985 a março de 2003. Cento e oitenta e cinco pacientes realizaram o teste tuberculínico (23,1%) e, destes, 107 eram do sexo masculino (57,8%). A média de idade no grupo de reatores ao teste tuberculínico foi de 30,6 anos, com desvio-padrão de 6,62 anos, e entre os não reatores de 34,45 anos com desvio-padrão de 10,32 anos. Foram constituídos dois grupos de estudo: reatores ao teste tuberculínico, com 28 pacientes, e não reatores ao teste tuberculínico, com 157 pacientes. RESULTADOS: Grande parte dos indivíduos foi pouco responsiva ao teste tuberculínico. Constatou-se, no grupo de reatores, maior porcentagem de indivíduos com tuberculose ativa à época da realização do teste, quando se comparou com os não reatores. Dez pacientes entre os reatores e onze entre os não reatores apresentavam alguma forma clínica de tuberculose em atividade à época da realização do teste, sendo que seis do primeiro grupo e oito do segundo tinham contagem de linfócitos T CD4+ menor que 200 células/mm³. CONCLUSÃO: Indurações maiores do que 5 mm não se relacionaram com contagens absolutas mais altas de células T CD4+. OBJECTIVE: To evaluate tuberculin test results and relate them to the presence or absence of active tuberculosis, as well as to CD4+ and CD8+ T-lymphocyte counts. METHOD: The charts of 802 patients with acquired immunodeficiency syndrome treated between August of 1985 and March of 2003 were reviewed. of the 185 patients submitted to tuberculin tests (23.1%), 107 (57.8%) were male, and 78 (42.2%) were female. Patients were divided into two study groups: tuberculin test reactors (n = 28); and tuberculin test non-reactors (n = 157). Among the reactors, the mean age was 30.60 years, with a standard deviation of 6.62 years, compared with 34.45 years, with a standard deviation of 10.32 years, among the non-reactors. RESULTS: Most of the individuals tested presented only a mild response to the tuberculin test. We found that, at the time of the test, the percentage of individuals with active tuberculosis was greater in the reactor group than in the non-reactor group. During the test period, 10 reactor group patients and 11 non-reactor group patients presented some clinical form of active tuberculosis. In addition, CD4+ T-lymphocyte counts were lower than 200 cells/mm³ in 6 reactor group patients and in 8 non-reactor group patients. CONCLUSION: Indurations greater than 5 mm were unrelated to higher absolute CD4+ T-cell counts.