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SUBJETIVIDADE E ENFRENTAMENTO DA MORTE: CONSTRUINDO GESTÃO DE PESSOAS NA COTIDIANIDADE
Autor
Capaverde, Caroline Bastos
de Oliveira, Livia Pedersen
Scheffer, Angela Beatriz Busato
Resumen
O presente estudo objetivou compreender como, em local cujo trabalho exige enfrentamento com a morte, são pensadas e construídas,na cotidianidade, práticas de trabalho e de gestão de pessoas. Esse é um estudo qualitativo, no qual foi realizado o acompanhamento da rotina de 4 agentes funerários, 1 diretor de plantão, 1 gerente administrativo e 1 maquiadora necrotérica em seu contexto de trabalho, uma empresa funerária de pequeno porte em Porto Alegre. Para a coleta de dados, utilizaram-se técnicas etnográficas (CAVEDON, 2003), sendo a interpretação realizada por meio de análise de conteúdo (MINAYO, 2010). Os achados foram agrupados em quatro categorias que, entende-se, integram o processo de subjetivação do fazer/saber diante da morte: 1) redimensionando as certezas; 2) os saberes no/do trabalho frente à ressignificação da morte; 3) ser trabalhador atravessado pela representação da morte em sociedade;e 4) gestão se configurando no contexto da morte.Vimos que esses profissionais criam, reinventam suas maneiras de fazer, a partir de um processo de ressignificar e naturalizar a morte, sendo o ambiente organizacional, em consonância com Certeau (2008), um espaço onde trabalhadores fazem a gestão do seu cotidiano e de si mesmos com seus próprios significados.