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Black Territories as Cultural Heritage: particularities in quilombolascommunities and religious territories recognition
Territórios Negros e Quilombos Urbanos: Reflexões sobre Patrimônio Cultural e Relações Étnico-Raciais em Contextos Metropolitanos
Autor
Algayer Casagrande, Elisa
Fagundes Nunes, Margarete
Resumen
The cultural heritage recognition debate is wide and full of specificities, particularly when it takes place in the context of complex, urban and industrial societies. With regard to heritage related to traditional people, such as quilombolas and religious territories, a new approach is important, different from that which refers to buildings recognition. A recognition that hardens and limits a set of cultural and social practices, characterizedby their updating and the action of time, has great possibilities of not contemplating the existence of the social body that gives it and gives it meaning. Thus, it is important to have an affectionate look, which understands the specificities of certain cultural manifestations so that one can reflect more deeply on the meaning of patrimonializing them, taking into account the temporal flows that allowed their perseverance in the context of our metropolises, even nowadays. To address this theme, I present the recognition process of Terreiro Casa Branca and Bembé do Mercado (Bahia) which was reflected in the context of my master's dissertation Aquilombe-se: memory, inclusion and territoriality in Porto Alegre, held together with Quilombo Lemos/Beach of Belasdistrict. O debate sobre o reconhecimento de patrimônio cultural é amplo e cheio de especificidades, em particular quando transcorre no contexto das sociedades complexas, urbanas e industriais. No que tange os patrimônios relacionados a povos tradicionais, como comunidades quilombolas e terreiras, é importante um novo viés, diferente daquele que se refere à patrimonialização de edificações. Um reconhecimento que endurece e limita um conjunto de práticas culturais e sociais, caracterizado pela sua atualização e pela ação do tempo, tem grandes possibilidades de não contemplar a existência do corpo social que lhe dá e lhe atribui sentido. Assim, é importante um olhar afetuoso, que compreenda as especificidades de certas manifestações culturais para que se reflita mais profundamente sobre o significado de patrimonializá-las levando-se em conta os os fluxos temporais que permitiram a sua perseveração no contexto das nossas metrópoles, até os dias de hoje. Para abordar esse tema apresento o processo de reconhecimento do Terreiro Casa Branca e do Bembé do Mercado (Bahia) e que se refletiu no contexto de minha dissertação de mestrado Aquilombe-se: memória, inclusão e territorialidade em Porto Alegre, realizada junto ao Quilombo Lemos/bairro Praia de Belas.