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Uso final de energia elétrica no setor residencial no Brasil por regiões geográficas
Estimativa da evolução do uso final de energia elétrica no setor residencial do Brasil por região geográfica
Autor
Abrahão, Karla Cristina de Freitas Jorge
Souza, Roberta Gonçalves Vieira de
Resumen
Para uma melhor compreensão do comportamento do consumo residencial de energia elétrica dentro do domicílio em um cenário resultante da implementação de políticas e programas de inclusão social e demais processos sociais, culturais, econômicos dos últimos anos, esse trabalho estimou a estrutura de consumo por uso final dos anos 2005, 2015 e 2019, desagregado por região geográfica brasileira, a partir dos dados da pesquisa de posse de eletrodomésticos e hábitos de consumo dos anos 2004-2006 e 2018-2019 através da aplicação de técnicas estatísticas. As principais mudanças na estrutura estimada foram a ampliação do uso final dos equipamentos da categoria Conforto Ambiental em todas as regiões, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. A participação do Aquecimento de Água foi reduzida entre 2015 e 2019 na região Nordeste, mas apresentou significativo crescimento nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Houve um predomínio do consumo variando entre 73 e 85% de equipamentos das categorias Conforto Ambiental, Aquecimento de Água e Conservação de Alimentos e pequena variação da participação dos equipamentos da categoria Serviços Gerais. As conclusões indicam elevado potencial para implementação de medidas de eficiência energética, no entanto, o padrão de consumo regional deve ser considerado para que os resultados sejam efetivos.Palavras-chave: Energia elétrica, Uso final, Setor residencial, Região geográfica, Brasil O presente trabalho estimou a estrutura de consumo de energia elétrica no setor residencial por uso final, dos anos 2005 e 2019, desagregado por região geográfica brasileira. A metodologia utilizou os dados da pesquisa Posse e Hábitos de Uso de Equipamentos Elétricos na Classe Residencial dos anos 2004-2006 e 2018-2019 e a aplicação de técnicas estatísticas. Os resultados identificaram que a evolução da estrutura de consumo possui singularidades regionais. As principais evoluções na estrutura estimada entre 2005 e 2019 foram a ampliação do consumo por uso final dos equipamentos da categoria conforto ambiental e a permanência de uma elevada participação no consumo dos equipamentos da categoria conservação de alimentos. Houve redução da participação da categoria aquecimento de água em todas as regiões, exceto na região Sul. Houve predomínio do consumo por uso final de equipamentos das categorias conforto ambiental, aquecimento de água e conservação de alimentos variando entre 82% e 91% em função da região geográfica. As conclusões indicam elevado potencial para implementação de medidas de eficiência energética, no entanto se ressalta que o padrão de consumo regional deve ser considerado para que os resultados sejam efetivos.