The present work is a case study of 8 bipolar patients under lithium therapy, being all of them members of the lithium group of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre. It describes the dental management of bipolar patients under lithium therapy, emphasizing dental caries and the clinical method of intervention. The work was divided into three phases, existing a ninety-day interval between each ofthem. In the first part ofthe research, dental examinations were carried out and the patients were interviewed with the special purpose of describing each one of them regarding his buccal health. They were also inquired about their experience in living with the bipolar disease, about the medication taken and its side effects. The patients received dental treatment according to the clinical method as they also attended health educational sessions destined to increase their autonomy up to the dental dismissal. In the second and third phases, the exams that had been carried out in the first phase were repeated in order to analyze the commitment of each bipolar patient to the proposed dental treatment. The questions about the relationship between the bipolar patient and the treatment of this disease were also repeated. It was concluded that the results of the dental exams were related to the degree of stabilization of the bipolar disease; the patients detaining the best results in the dental treatment were those who had the bipolar disease stabilized. It was concluded that, having in mind the occurrence frequency of bipolar disease, it would be plausible that a denfist who works in the Public Service sooner or later would attend bipolar patients; bipolar patients are a peculiar population group that need a specific dental program; the planning and scheduling of these specific odontological programs for bipolars should take into account the disruptions in the dental therapy, caused by the disease and it is also necessary to renegotiate with the bipolar, his responsibilities and his motivation for buccal self-care, which will result in more frequent dental visits.O presente trabalho é um estudo de casos com 8 pacientes bipolares, em litioterapia do grupo do lítio, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Descreve o manejo odontológico do paciente bipolar em litioterapia, com ênfase para a cárie dentária, no método clínico de intervenção. O trabalho dividiu-se em três fases, com intervalos de 90 dias. Na primeira fase da pesquisa realizou-se exames odontológicos e entrevista semiestruturada para descrever o paciente quanto a sua saúde bucal e quanto a sua convivência com a doença bipolar, com a medicação e efeitos adversos. Os pacientes receberam tratamento odontológico no método clínico e sessões de educação em saúde objetivando o aumento de sua autonomia em relação à saúde bucal até o momento da alta odontológica. Na segunda fase da pesquisa foram repetidos os exames da primeira fase, analisada a adesão do paciente bipolar ao tratamento odontológico e o paciente foi novamente entrevistado quanto a sua relação com a doença e o tratamento desta. Na terceira fase da pesquisa realizou-se os exames odontológicos e as mesmas questões da segunda fase. Observou-se que os resultados dos exames odontológicos relacionaram-se com o grau de estabilização da doença bipolar. Os pacientes com os quais se obteve os melhores resultados no tratamento odontológico foram os que estavam com a doença bipolar estabilizada. Concluiu-se que dada a frequência da doença bipolar é lícito esperar que em algum momento o cirurgião-dentista do setor público atenda pacientes bipolares; os pacientes bipolares constituem grupo populacional específico necessitando de programa odontológico específico; os programas odontológicos específicos para os bipolares devem considerar no planejamento e no agendamento as interrupções na terapia odontológica vinculadas às características da doença bipolar, é necessário repactuar as responsabilidades e a motivação para o autocuidado bucal, o que implica em consultas odontológicas mais frequentes.