Tesis
A experiência de um programa de intervenção com base na perspectiva holotrópica da mente e sua práxis, a respiração holotrópica : reposicionando fronteiras na abordagem consciencial
Fecha
2022-04-12Registro en:
MACHADO, Daniela Martins. A experiência de um programa de intervenção com base na perspectiva holotrópica da mente e sua práxis, a respiração holotrópica: reposicionando fronteiras na abordagem consciencial. 2021. 180 f., il. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica e Cultura) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Autor
Machado, Daniela Martins
Institución
Resumen
A perspectiva holotrópica da mente (PHM), parte integrante do arcabouço da psicologia transpessoal, tem sido considerada uma abordagem revolucionária para um certo espectro de experiências em estados incomuns de consciência (EIC), pois, diferentemente das abordagens hegemônicas em psiquiatria e psicologia, que tendem a tratá-las indiscriminadamente como processos patológicos, a PHM reconhece, nessas experiências, seu potencial curativo, transformador e evolucionário. A tese constitui-se de uma dimensão teórica, cujo objetivo é refletir sobre os elementos fundantes desta perspectiva e de sua práxis, a respiração holotrópica (RH); e de uma dimensão empírica, a qual descreve a implementação e a avaliação de um programa de intervenção em saúde, inspirado no protocolo de mapeamento de intervenções, dirigido prioritariamente aos membros do Grupo de Intervenção Precoce nas Primeiras Crises de Tipo Psicótico da Universidade de Brasília, cuja finalidade foi estabelecer metas e objetivos de mudança que promovessem a adoção de elementos da PHM, como ferramentas de ampliação e fortalecimento de programas de saúde mental. O percurso da pesquisa reiterou a validade da abordagem de mapeamento de intervenções para a implementação de programas assistenciais que visam ampliação de arcabouço teórico-técnico de equipes de saúde, e reiterou as contribuições inovadoras da PHM para o campo da saúde mental, pela consideração de que essa perspectiva favorece uma observação e um cuidado diferenciados diante dos fenômenos em EIC, tomando-os como inerentes à condição humana, indicando que podem ser abordados sem o viés excludente e discriminatório das patologias psíquicas, o que favorece efetivamente o reposicionamento das fronteiras na abordagem consciencial.