Tesis
A afetividade e a aprendizagem de inglês como língua estrangeira : ansiedade, crenças e ações de uma aluna de um Centro Interescolar de Línguas público do Distrito Federal
Fecha
2021-11-03Registro en:
MORAIS, Karolina da Conceição. A afetividade e a aprendizagem de inglês como língua estrangeira: ansiedade, crenças e ações de uma aluna de um Centro Interescolar de Línguas público do Distrito Federal. 2021. 175 f., il. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Autor
Morais, Karolina da Conceição
Institución
Resumen
Esta pesquisa tem como objetivo geral investigar a ansiedade, as crenças e as ações de uma
aluna brasileira de inglês como língua estrangeira (LE) em relação à língua inglesa e a sua
aprendizagem. Três objetivos específicos foram traçados para alcançar o objetivo geral, são eles:
(1) identificar as situações catalisadoras de ansiedade, seus efeitos para a participante e suas
ações acerca da língua inglesa e sua aprendizagem; (2) identificar quais as crenças e ações da
participante acerca da língua inglesa e sua aprendizagem e averiguar as origens dessas crenças;
(3) verificar a relação entre ansiedade, crenças e ações da participante. Para atender aos
objetivos, este estudo se embasou em Aragão (2011), Arnold e Brown (2000) e Williams e
Burdens (1997) para discussão da afetividade, isto é, as emoções (DAMÁSIO, 1996;
MATURANA, 2002; RAMOS, 2020; SCHERER, 1982) e os sentimentos (DAMÁSIO, 1996;
WALLON, 1968); em Gardner e MacIntyre (1989; 1993), Horwitz E. K., Horwitz M. B. e Cope
(1986), Mastrella (2011), Horwitz (2017) e MacIntyre (2017) para estudo da ansiedade de língua
estrangeira; e em Richards e Lockhart (1996), Barcelos (2001, 2004, 2007), Horwitz (1987),
Kalaja e Barcelos (2011) e Mukai (2011, 2014) para entendimento das crenças. A pesquisa em
questão é qualitativa, utilizando o método de estudo de caso intrínseco e empregou a abordagem
contextual para a análise das crenças. Este estudo se realizou em um centro de línguas público
do Distrito Federal (DF) que oferta cursos livres de inglês, espanhol, francês e japonês para
alunos da rede pública do DF e para a comunidade em geral. Para a coleta dos dados, utilizou-
se o questionário BALLI (Beliefs about Language Learning Inventory), a EASALE (Escala de
Ansiedade de Sala de Aula de Língua Estrangeira), narrativas escrita e visual, entrevistas
semiestruturadas e diário da participante. Após a análise dos dados, verificou-se que a ansiedade
que a aprendiz sentia influenciava suas crenças e suas crenças também induziam sua
ansiedade. As duas, por sua vez, intervinham em suas ações para com a aprendizagem de inglês
ora diretamente, ora de maneira complexa. Assim, muitas vezes, a aluna agia coerentemente
com a apreensão sentida e, por esse motivo, tinha comportamentos divergentes daquilo que
acreditava. Em outros momentos, questões contextuais a levavam, também, a ações contrárias
às suas crenças. Dessa forma, percebeu-se uma forte influência das experiências prévias e do
contexto da aprendiz tanto na constituição de sua ansiedade de língua estrangeira quanto na
origem e motivação de suas crenças sobre a aprendizagem de inglês. Por isso, notou-se que a
ansiedade e as crenças se tratam de construtos de ordem não só individual, mas também
relacional da aprendiz.