Tesis
Avaliação clínico-epidemiológica dos pacientes com falha virológica e resistência genotípica do HIV-1 aos antirretrovirais no período de março de 2012 a março de 2017 no Distrito Federal
Fecha
2019-02-16Registro en:
VALE, Eveline Fernandes Nascimento. Avaliação clínico-epidemiológica dos pacientes com falha virológica e resistência genotípica do HIV-1 aos antirretrovirais no período de março de 2012 a março de 2017 no Distrito Federal. 2018. 99 f., il. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Autor
Vale, Eveline Fernandes Nascimento
Institución
Resumen
Introdução: O vírus da imunodeficiência humana (HIV) possui uma ampla
variabilidade genética devido à alta taxa de erro de sua transcriptase reversa,
causada pela grande capacidade replicativa. A terapia antirretroviral (TARV)
tem por objetivo o controle da replicação do vírus, reduzindo-a abaixo dos
limites detectáveis e preservando o sistema imunológico. Quando não se
obtém ou não se mantém carga viral indetectável, é definida a falha virológica
e sua maior consequência é a seleção de vírus com mutações que se
associam à resistência aos ARVs em uso. A genotipagem é um ensaio de
amplificação genética dos genes da região da transcriptase reversa e da
protease através da reação em cadeia da polimerase (PCR) e mostra o perfil
de resistência. Objetivo: Descrever, analisar e avaliar o perfil clínicoepidemiológico
dos pacientes com HIV/Aids que realizaram genotipagem póstratamento
do HIV-1 no período de março de 2012 a março de 2017 no Distrito
Federal (DF). Métodos: Estudo analítico e transversal dos pacientes que
realizaram genotipagens pós-tratamento do HIV-1 no período de 1 de março
de 2012 à 31 de março de 2017 no Distrito Federal. Resultados: Das 568
genotipagens pós-tratamento, 340 (59,86%) eram de pessoas do sexo
masculino. 239 (42,08%) tinham de 40 a 59 anos. 273 (48,06%) pessoas
puderam ser classificadas quanto à escolaridade, sendo que 131 (47,98%)
tinham de 4 a 7 anos de estudos. 336 (59,15%) amostras eram de pacientes
naturais de fora do DF. 240 (42,25%) genotipagens foram coletadas no
Hospital Dia. A lamivudina (3TC) foi o antirretroviral mais utilizado, sendo
prescrito para 507 (89,26%) pacientes. A média do CD4 foi de 314,44
células/mm e a do log da carga viral foi de 4,28 cópias/mL. O subtipo viral
mais prevalente foi o B, isolado em 460 (87,45%) exames. As mutações
associadas a resistência foram encontradas em 510 (89,78%) exames. 101
(19,80%) genotipagens apresentavam mutações de resistência associadas às
3 classes de ARVs. As mutações mais encontradas foram a 184V, em 306
(60%) das genotipagens, 103N, em 198 (38,82%) e 89M em 137 (26,89%)
exames. Discussão: O impacto da HAART vem sendo limitado por fatores como a
resistência viral. Encontramos 60% de mutações de resistência aos ITRN,
38,82% aos ITRNN e 26,89% aos IP. As principais mutações encontradas
foram a 184V (60%) e a 103N (38,82%). Conclusão: A falha virológica pode
ser ocasionada devido a resistência viral. No Distrito Federal, houve uma
elevada frequência de mutações associadas a resistência (89,78%) aos ARVs
no período do estudo.