Tesis
Investigação do tempo de revascularização e dos efeitos da sinvastatina no autotransplante de tecido ovariano criopreservado de gatas domésticas
Fecha
2020-07-06Registro en:
COSTA, Marcella Motta da. Investigação do tempo de revascularização e dos efeitos da sinvastatina no autotransplante de tecido ovariano criopreservado de gatas domésticas. 2020. 94 f., il. Tese (Doutorado em Biologia Animal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
Autor
Costa, Marcella Motta da
Institución
Resumen
O objetivo deste trabalho foi investigar o tempo de revascularização após autotransplante de
tecido ovariano fresco e criopreservado de gatas, bem como analisar os efeitos da sinvastatina
no transplante de tecido ovariano criopreservado. Na primeira etapa foi realizada a investigação
do tempo inicial da revascularização e dos danos iniciais após o transplante de tecido ovariano
fresco e criopreservado em gatas domésticas durante os seis primeiros dias pós-transplante. No
que diz respeito à análise de vascularização, não houve diferença significativa (p>0,05) na área
de tecido ocupada por vasos nos tecidos fresco e criopreservado transplantados, todavia a área
de tecido ocupada por vasos foi significativamente maior (p<0,05) em D4 e D6 em relação a D0.
A análise de ultrassom, com auxílio de Doppler, também mostrou um aumento da vascularização
na periferia dos transplantes com o passar dos dias de transplante. Porém, houve uma
diminuição significativa (p<0,05) na porcentagem de folículos primordiais e em crescimento
morfologicamente normais após o transplante em comparação com o tecido não transplantado
(D0), tanto no tecido fresco como no criopreservado. Contudo, a perda folicular nos primeiros
dias pós-transplante se mostrou mais intensa no material congelado. Em suma, foi possível
definir que a vascularização dos transplantes de tecido ovariano para o tecido subcutâneo ocorre
até o quarto dia pós-transplante, sem diferença no tempo entre tecido fresco e criopreservado.
Além disso, a perda folicular nos seis primeiros dias se mostrou mais intensa no tecido
criopreservado do que no fresco. Na segunda etapa deste trabalho o objetivo foi avaliar os efeitos
da administração de sinvastatina no desenvolvimento folicular e na revascularização do tecido
ovariano de gatas criopreservado e transplantado para o tecido subcutâneo. Houve uma
diminuição intensa do número de folículos encontrados, tanto no grupo que recebeu sinvastatina
como no grupo que não recebeu (Controle). Foram encontrados dois folículos antrais em D28 do
grupo Controle e quatro folículos em crescimento em D14, D21 e D63 no grupo Sinvastatina,
todos eles com células da granulosa proliferativas. Após o transplante, o tipo de degeneração
mais comumente encontrado foram estruturas foliculares com células da granulosa justapostas
sem a presença de ovócito (CGJ). Em relação a análise de vascularização, não foi observado
aumento na porcentagem da área de tecido ocupada por vasos após o transplante entre os
grupos Controle e Sinvastatina (p>0,05). Em conclusão, a sinvastatina não promoveu a melhora
no desenvolvimento folicular após transplante de tecido ovariano criopreservado de gatas.