Tesis
Uma proposta de ensino do tema diversidade sexual para o ensino médio à luz da Síntese Evolutiva Estendida
Registro en:
PARANHOS, Kátia Santos de Abreu. Uma proposta de ensino do tema diversidade sexual para o ensino médio à luz da Síntese Evolutiva Estendida. 2017. 131 f. Dissertação (Mestrado Profissionalizante em Ensino de Ciências)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
Autor
Paranhos, Kátia Santos de Abreu
Institución
Resumen
Trata-se de uma pesquisa participante desenvolvida junto a estudantes do primeiro ano do ensino médio de uma escola da rede pública de ensino do Distrito Federal, em que foram investigadas possíveis contribuições da Educação para a Sexualidade, à luz da Síntese Evolutiva Estendida na disciplina de Parte Diversificada, para a promoção da tolerância à diversidade sexual. Foi executada uma sequência de atividades interventivas didático-pedagógicas em que a autora atua como professora e pesquisadora. As atividades sugeridas permitiram a imersão no contexto dos (as) estudantes e análise de suas visões de mundo, ideias, impressões e tensões relacionadas à diversidade sexual, gênero e sexualidade. Uma série de conflitos e desafios emergiram a partir da ação reflexiva, oferecendo subsídios para reformulação das práticas didático-pedagógicas que resultaram na elaboração de uma proposição didática. Apoiei-me em Louro (1997, 2000, 2001, 2003 e 2011) e Jablonka; Lamb (2005) para nortear as reflexões. Gênero e sexualidade são construções culturais que em interação com a dimensão biológica, devido a seus caráteres subjetivo e complexo, oferecem especificidades únicas para cada indivíduo. Os diálogos de Paulo Freire dão sustentação à intervenção pedagógica. Os diálogos realizados representaram o material de pesquisa e os dados foram obtidos a partir da análise desse material, segundo pressupostos da Análise de Conteúdo (BARDIN, 1977). Os resultados da pesquisa apontam possíveis caminhos para a promoção da tolerância por meio da abordagem da Síntese Evolutiva Estendida, evidenciando superação de tensões e tabus, a despeito das convicções morais e/ou religiosas relacionados à diversidade sexual. Os resultados indicam a necessidade de: (a) apresentar as perspectivas culturais e biológicas e a interação desses elementos, visando a construção do gênero e da sexualidade; (b) aplicar atividades pedagógicas que problematizem a patologização da diversidade sexual; (c) pensar atividades pedagógicas que discutam a diversidade sexual e superem sua relação com “opção sexual”; (d) criar atividades que desmistifiquem a relação entre diversidade sexual e condutas morais e/ou éticas, noções de certo ou errado, bom/ruim, que representam entraves pessoais que favorecem atitudes preconceituosas e discriminatórias que dificultam o relacionamento saudável entre os sujeitos; (e) criar abordagens diferenciadas para o trabalho com estudantes do ensino médio que levem em consideração suas características etárias e culturais; (f) estimular o debate de modo que as concepções, os mitos, os tabus e os preconceitos emerjam nas rodas de conversa.