Tesis
Contribuição dos solos de cerrado do Brasil central para as emissões de gases traço (CO2, NO2, NO) : sazonalidade, queimadas prescritas e manejo de pastagens degradadas
Fecha
2020-05-20Registro en:
PINTO, Alexandre de Siqueira. Contribuição dos solos de cerrado do Brasil central para as emissões de gases traço (CO2, NO2, NO): sazonalidade, queimadas prescritas e manejo de pastagens degradadas. 2003. 126 f., il. Tese (Doutorado em Ecologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2003.
Autor
Pinto, Alexandre de Siqueira
Institución
Resumen
O Cerrado vem sofrendo rápidas mudanças no uso da terra que são acompanhadas freqüentemente pelo fogo. Estas alterações têm impactos nas emissões de óxidos de nitrogênio e na respiração (emissão de C02) do solo. Estes gases têm papel importante na química da atmosfera. As emissões do solo de NO, N2O e CO2 foram mensurados entre setembro/1999 a junho/2001 em dois tipos de vegetação de Cerrado na Reserva Ecológica do Roncador (RECOR/IBGE - 15° 56’S, 47° 53’W - Brasília-DF): cerrado stricto sensu e campo sujo. Uma parcela de cada fítofisionomia sofreu queimadas prescritas a cada 2 anos desde 1992 e outra parcela foi protegida do fogo desde 1973. Os fluxos de N20 medidos, independente do tratamento, ficaram abaixo do limite de detecção (0,6 ng N cm'2 h'1). Os fluxos de NO do solo ao longo do ano variaram em tomo de 0,5 ng N cm'2 h'1. As emissões anuais de N do solo na forma de NO foram semelhantes no campo sujo queimado (0,5 kg N ha'1 ano'1) e no cerrado queimado e não queimado (ambos 0,4 kg N ha’1 ano'1). O campo sujo não queimado apresentou a menor emissão (0,1 kg N h'1 ano'1). Um experimento de adição artificial de água realizado no campo sujo não queimado em julho/2000 demonstrou a importância potencial das primeiras chuvas nos picos de fluxos de NO. Após a adição de água, os fluxos aumentaram aproximadamente 100 vezes (de 0,1 para cerca de 9 ng NO-N cm'2 h'1), porém este efeito foi de curta duração, pois 2 dias após a adição os fluxos eram semelhantes aos antes da adição. Em relação a respiração do solo, durante a estação seca, não houve diferença nos fluxos de CO2 entre as parcelas queimadas e não queimadas, e as médias variaram entre 1,6-3,2 nmol m'2 s'1. As diferenças entre os tratamentos de queima foram mais evidentes na estação chuvosa. Entre as parcelas de cerrado ss., houve uma tendência da parcela queimada apresentar maiores 10 emissões anuais de C pela respiração do solo (queimado = 16,6 Mg C ha’1 ano'1, não queimado = 14,5 Mg C ha'1 ano '), enquanto entre as parcelas de campo sujo, a diferença foi significativa (queimado = 16,9 Mg C ha"1 ano \ não queimado = 13,6 Mg C ha'1 ano’1). Mudanças na estrutura da vegetação em decorrência de freqüentes queimadas prescritas podem ter contribuído para estas diferenças. A umidade do solo também foi um fator importante controlando os fluxos de CO2. pois as emissões foram maiores na estação chuvosa.