Tesis
Híbridos de milho geneticamente modificados comparados a híbridos de milho convencionais em terras altas do Brasil Central
Fecha
2019-06-13Registro en:
RAMOS, Leandro Nogueira. Híbridos de milho geneticamente modificados comparados a híbridos de milho convencionais em terras altas do Brasil Central. 2018. 98 f., il. Tese (Doutorado em Agronomia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Autor
Ramos, Leandro Nogueira
Institución
Resumen
O milho (Zea mays L. Poaceae) é atualmente a cultura que ocupa o segundo lugar no Brasil em área plantada. Nas últimas décadas, os produtores de várias regiões do país tem cultivado milho também como segunda safra, principalmente após a colheita da soja (Glicine max L. Fabaceae). No ano de 2010, a área de milho cultivada como segunda safra, ultrapassou a área cultivada de milho tradicionalmente cultivada no verão. Portanto, a cultura do milho é cultivada no Brasil nos doze meses do ano, tanto na safra de verão, quanto na segunda safra e também durante os períodos de entressafra em áreas irrigadas. Consequentemente, os problemas de queda de rendimento de grãos devido ao ataque de doenças e insetos-praga aumentaram drasticamente. Dentre estas pragas, destaca-se a lagarta-do-cartucho do milho, Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) que é o principal problema biótico da cultura. A fase larval do inseto, que pode dizimar as lavouras de milho se não houver o controle adequado. Ocorre principalmente na fase vegetativa e posteriormente aloja-se no cartucho da planta, onde o controle químico é dificultado pelo acesso do ingrediente ativo. A praga é polífaga e tem alto poder de dispersão, o que dificulta o controle. Nas últimas décadas, plantas transgênicas que expressam toxinas de Bacillus thurigiensis Berliner (Bt) vêm sendo amplamente utilizadas para o controle genético de pragas, preventivamente no Brasil e no mundo. Após o ano de 2007, com a liberação comercial do primeiro evento Bt com resistência a lagarta no Brasil, a adoção desta tecnologia ocorreu em massa, sendo que, na safra 2017/2018, mais de 85% das áreas de milho foram cultivadas com híbridos Bt. Neste período houve diversos lançamentos de híbridos transgênicos Bt, tanto com um evento expressando apenas uma proteína Bt, quanto evento piramidados, contendo dois, três, quatro e até cinco eventos Bt em um mesmo híbrido de milho. Este processo dinâmico, de lançamentos de novos eventos transgênicos que expressam proteínas Bt se faz necessário pelo dinamismo da eficácia destas tecnologias. Neste contexto, muitos pesquisadores têm estudado tanto a eficácia destes eventos novos a ser lançado no mercado, quanto o manejo de resistência dos eventos que estão no mercado. A evolução da resistência é um dos maiores entraves na manutenção da eficácia de um evento por um período prolongado. Assim, os objetivos deste trabalho foram quantificar o rendimento em produção de grãos de híbridos de milho transgênicos, e seus correspondentes convencionais a fim de comparar seus respectivos potenciais produtivos, em análise conjunta de experimentos conduzidos na região Centro-Oeste do Brasil, bem como quantificar os parâmetros determinadores diretos de produtividade e as características morfoagronômicas entre estas plataformas híbridas de milho.