Tesis
Biografia e romance : um estudo comparado de Olga, de Fernando Morais, e Estação das chuvas, de José Eduardo Agualusa
Fecha
2019-04-01Registro en:
SOUZA, Rafael Teixeira de. Biografia e romance: um estudo comparado de Olga, de Fernando Morais, e Estação das chuvas, de José Eduardo Agualusa. 2018. 105 f. Dissertação (Mestrado em Literatura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Autor
Souza, Rafael Teixeira de
Institución
Resumen
Esta dissertação tem o objetivo de comparar a biografia Olga (1985), do jornalista brasileiro Fernando Morais, e o romance Estação das chuvas (1996), do romancista angolano José Eduardo Agualusa, especialmente no tocante às suas personagens principais e suas ligações com movimentos revolucionários. Inicialmente, será exposto um estudo acerca da relação entre a biografia e suas variantes na contemporaneidade, notadamente no que diz respeito ao Brasil como país e à História como ciência. O corpus teórico dessa fase será composto, basicamente, por François Dosse (2015), Pierre Bourdieu (1998), Felipe Pena (2004), Mary Del Priore (2009) e Arnaldo Momigliano (1993). A seguir, analisaremos os principais movimentos totalitários europeus (o fascismo italiano, o comunismo russo e o nazismo alemão) a partir do pensamento de Hannah Arendt (2012) e Eric Hobsbawn (1995), para depois centralizarmos o discurso no período do Estado Novo brasileiro, por meio de Lilia Schwarcz e Heloisa Starling (2015) e Boris Fausto (2015), e das batalhas pré e pós-independência de Angola, abordadas pelos livros de Paulo Fagundes Visentini (2012) e UNESCO (2010). Na sequência, empreenderemos a análise das obras. Atentando para os detalhes, abordaremos cada uma dentro do arcabouço teórico do subgênero que lhe concerne – isto é, respectivamente a biografia, pelas teorias de François Dosse (2015), e o romance histórico, mediante o pensamento de György Lukács (2011) e Linda Hutcheon (1991) –, a fim de confirmá-las como obras de relevância histórica para seus países. A aproximação dessas mesmas obras sob o prisma da militância no Brasil e em Angola ficará a cargo dos trabalhos de Mirian Goldenberg (1997) e Dya Kasembe e Paulina Chiziane (2008). Como conclusão, retomaremos o estudo desde o início, pontuando de forma sintética as semelhanças verificadas entre as narrativas e os subgêneros a que cada uma pertence, de modo a focar, sobretudo, nas suas personagens principais.