Tesis
Bioatividade do óleo essencial de tomilho e do timol como fumigante no controle de Aspergillus flavus CCUB1405 in vitro e em castanha-do-Brasil (Bertholletia excelsa H. B. K.) durante o armazenamento
Fecha
2021-05-20Registro en:
SILVA, Caroline Rosa da. Bioatividade do óleo essencial de tomilho e do timol como fumigante no controle de Aspergillus flavus CCUB1405 in vitro e em castanha-do-Brasil (Bertholletia excelsa H. B. K.) durante o armazenamento. 2021. xiv, 40 f., il. Dissertação (Mestrado em Agronomia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Autor
Silva, Caroline Rosa da
Institución
Resumen
As amêndoas de castanha-do-Brasil têm grande importância por serem ricas em antioxidantes como o selênio e ácidos graxos insaturados, como o oleico e o linoleico. Entretanto, as amêndoas são susceptíveis de contaminação, especialmente por toxinas de Aspergillus flavus. Essa espécie é a principal produtora de aflatoxinas, micotoxina de maior importância no que se refere a alimentos, sendo que sua ingestão está associada a efeitos agudos e crônicos. Dessa forma, o controle desse microrganismo em alimentos é fundamental. Nesse cenário, diferentes óleos essenciais têm sido testados no controle de fungos. Então, o objetivo do presente estudo foi avaliar a bioatividade do óleo essencial de tomilho e do timol como fumigantes no controle de Aspergillus flavus in vitro e em castanha-do-Brasil durante o armazenamento. O perfil do óleo essencial de tomilho foi analisado por cromatografia gasosa com espectrometria de massa. As concentrações do óleo essencial de tomilho foram 0 (controle), 50, 100, 250, 500, 750 e 1.000 mg/L. As concentrações da solução etanólica de timol foram definidas a partir do percentual de timol no óleo essencial de tomilho. No ensaio in vitro, o diâmetro das colônias foi medido a cada 12 h até 144 horas e depois a cada 24 h até chegar em 240 h. Determinou-se o percentual de inibição do crescimento micelial (ICM), considerando-se 240 h de incubação. Para avaliar a atividade antifúngica do óleo essencial de tomilho e do timol em castanha-do- Brasil, inicialmente efetuou-se a inoculação com A. flavus. Depois as amostras foram expostas a fumigação com óleo essencial de tomilho e com solução etanólica de timol, adotando-se as concentrações que ocasionaram efeito fungicida na avaliação in vitro. As amostras foram mantidas em condições ambiente, sendo analisadas no início do armazenamento e a cada 15 dias, até 60 dias. Verificou-se que os compostos majoritários no óleo essencial de tomilho foram p-cimeno e timol, com percentuais equivalentes a 45,20 e 37,62%, respectivamente. As concentrações testadas da solução etanólica de timol foram de 0; 18,8; 37,6; 94,1; 188,1; 282,2 e 376,2 mg/L. No que se refere aos tratamentos com óleo essencial de tomilho, verificou-se crescimento das colônias de A. flavus somente quando se adotaram as concentrações de 50 e 100 mg/L. O óleo essencial de tomilho, nas concentrações de 500, 750 e 1.000 mg/L, atuou como agente fungicida no controle de A. flavus. Com relação à solução etanólica de timol, houve crescimento micelial somente no tratamento controle (0 mg/L) e naqueles correspondentes a 18,8 e 37,6 mg/L. A solução etanólica de timol, nas concentrações de 188,1, 2 282,2 e 376,2 mg/L, atuou com agente fungicida sobre A. flavus. Quanto ao efeito do óleo essencial de tomilho e da solução etanólica de timol no controle de A. flavus em castanha-do- Brasil durante a o armazenamento, houve redução significativa do percentual de infecção, sendo essa tendência mais acentuada à medida que se elevou a concentração desses compostos. Concluiu-se que o óleo essencial de tomilho aplicado como fumigante, nas concentrações de 500, 750 e 1.000 mg/L, atua com agente fungicida sobre A. flavus; a solução etanólica de timol aplicada como fumigante, nas concentrações de 188,1, 282,2 e 376,2 mg/L, atua com agente fungicida sobre A. flavus; nas condições adotadas no presente estudo, em geral, o óleo essencial de tomilho apresentou resultados similares a solução etanólica de timol, quando aplicados como fumigantes no controle de A. flavus; o óleo essencial de tomilho e a solução etanólica de timol são capazes de controlar A. flavus em castanha-do-Brasil por até 45 dias de armazenamento, sendo mais efetivos quando adotadas as concentrações de 1.000 mg/L e 376,2 mg/L, respectivamente.