Brasil
| Tese
Modelo de estimativa de risco operacional em aeroportos
Fecha
2022-08-02Registro en:
CUNHA, Daniel Alves da. Modelo de estimativa de risco operacional em aeroportos. 2021. ix, 131 f., il. Tese (Doutorado em Transportes) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Autor
Cunha, Daniel Alves da
Institución
Resumen
A regulamentação da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) estabelece que o
gerenciamento da segurança operacional da aviação civil dos Estados signatários deve ser
realizado preferencialmente com base em risco preditivo, devendo haver um nível aceitável de
desempenho de segurança operacional, e que se busque a melhoria contínua da segurança com
base em ações vinculadas a indicadores de segurança. O Estado Brasileiro ainda não se adequou
totalmente a estas orientações.
Sendo assim, este trabalho objetivou desenvolver um modelo de estimativa de risco operacional
da infraestrutura aeroportuária que atendesse às diretrizes da OACI, agregando variáveis de
diferentes características em um único índice para uso na otimização do State Safety
Programme (SSP) brasileiro.
Para isso, foi realizada uma revisão bibliográfica que fornecesse subsídios teóricos para o
desenvolvimento de um modelo preditivo de risco, considerando variáveis operacionais e
regulatórias. Foi inserida uma variável de custos no modelo que trouxe um nível adicional de
compreensão acerca do comportamento do risco nos aeroportos, abrindo possibilidade para
analises de risco de impacto regulatório mais robustas e precisas.
A abordagem desenvolvida mostrou-se aderente à realidade mensurada do risco nos aeroportos
brasileiros, com um alto nível de correlação entre o risco realizado e o risco estimado pelo
modelo (0,82).
Após a estimativa de risco de cada aeroporto, estes foram ranqueados e foi proposto o Nível
Aceitável de Desempenho de Segurança Operacional (NADSO) dos aeroportos brasileiros
(2,51). Adicionalmente, foram sugeridas medidas de gerenciamento de risco e de análise de
impacto regulatório buscando a melhoria contínua da segurança operacional, atendendo à
demanda existente da OACI desde 2013.
Destaca-se a possibilidade de aplicação do modelo para estimar o risco de outras áreas da
operação aeronáutica, como a operação de empresas aéreas, por exemplo, uma vez que as
variáveis utilizadas são comuns e presentes nesses contextos. Estudos futuros podem se valer
do modelo desenvolvido para aprimorar as técnicas de estimativa e controle de riscos na aviação
civil, e com isso garantir o atendimento do objetivo final da regulação setorial, quel seja,
operações cada vez mais eficiêntes e seguras para os usuários.