Tesis
A documentação sobre exposições em museus de arte : a musealização dos processos, a história da exposição e a museografia
Fecha
2017-09-25Registro en:
MAGALDI, Monique Batista. A documentação sobre exposições em museus de arte: a musealização dos processos, a história da exposição e a museografia. 2017. xviii, 294 f., il. Tese (Doutorado em Ciência da Informação)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
Autor
Magaldi, Monique Batista
Institución
Resumen
Esta pesquisa aborda a contribuição da documentação sobre exposições para estudos em história das exposições, museografia, musealização, a partir da documentação resultante de experiências de novas versões ou „lembranças‟ de exposições realizadas em museus brasileiros de arte, criados na primeira metade do século XX no país. Para tanto, entendendo que o universo que gera o escopo desta pesquisa são as atividades expográficas, e que o objeto desta pesquisa é a documentação sobre exposição, outros tipos de documentação foram considerados, em uma perspectiva processual e conceitual, como: documentação em museus, documentação museológica. A documentação originada das exposições é considerada relevante por sua perspectiva histórica e social. A documentação sobre exposições é produzida a partir de visões institucionais baseadas em pesquisas e processamentos técnicos chamados de museografia da exposição, que envolve desde a concepção, desenvolvimento, implantação, exibição, desmontagem e avaliação de cada exposição de longa duração, temporária, itinerante e virtual desenvolvida em museus, instituições que têm como função estar a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento. A documentação sobre exposição envolve diferentes setores da instituição, podendo conter diferentes tipos de documentos como projetos, relatórios e/ ou dossiês, impressos e digitais, de diferentes setores envolvidos; cartas impressas e correios eletrônicos; lista de acervos selecionados e expostos; fotografias e filmagens do acervo e das salas da exposição; planta-baixa; filmagens com registros de pesquisas; falas dos curadores envolvidos e convidados para refletir sobre as atividades desenvolvidas (pelos setores de curadoria, educativo, pesquisa, entre outros); Atas; clippings; entre outros documentos. A referida documentação pode ser encontrada em arquivos, bibliotecas e setores de documentação de acervo museológico, setor de expografia e/ou pesquisa nos museus. Por sua vez, a efemeridade das exposições demanda procedimentos sobre documentação durante o seu processamento por meio de processamentos técnicos realizados no âmbito da arquivologia, biblioteconomia, ciência da Informação e/ou Museologia. O objetivo é compreender como a documentação sobre as exposição é desenvolvida em museus de arte, de modo que auxilie, através de práticas desenvolvidas e aplicadas, no desempenho da função social do museu. Para tanto, esta pesquisa apresenta reflexões teórico-conceituais a partir de recorte temático e temporal, baseadas na documentação de seis exposições que tiveram novas versões, novas interpretações ou novas leituras, em um total doze exposições realizadas entre 1959 e 2016, nos museus selecionados por esta pesquisa: Pinacoteca do Estado de São Paulo, criada em 1905; Museu de Arte de São Paulo (MASP), de 1947; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ) e Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), ambos fundados em 1948.