Brasil
| Tesis
Por uma poética da Queda : Avalovara em diálogo com A Divina Comédia
dc.contributor | Hazin, Elizabeth | |
dc.creator | Rezende, Luciana Barreto Machado | |
dc.date.accessioned | 2017-11-12T13:54:05Z | |
dc.date.accessioned | 2022-10-04T15:15:50Z | |
dc.date.available | 2017-11-12T13:54:05Z | |
dc.date.available | 2022-10-04T15:15:50Z | |
dc.date.created | 2017-11-12T13:54:05Z | |
dc.date.issued | 2017-11-12 | |
dc.identifier | REZENDE, Luciana Barreto Machado. Por uma poética da Queda: Avalovara em diálogo com A Divina Comédia. 2017. 203 f., il. Tese (Doutorado em Literatura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017. | |
dc.identifier | http://repositorio.unb.br/handle/10482/25214 | |
dc.identifier | http://dx.doi.org/10.26512/2017.02.T.25214 | |
dc.identifier.uri | http://repositorioslatinoamericanos.uchile.cl/handle/2250/3859091 | |
dc.description.abstract | No romance Avalovara (1973), o escritor pernambucano Osman Lins (1924 – 1978) se apropria de símbolos do imaginário bíblico, mítico e religioso para formar o leito que conduz o seu invento romanesco. Como o próprio autor declarou em entrevistas e ensaios, Avalovara dialoga com o poema A Divina Comédia (1304 – 1321), do florentino Dante Alighieri – eixo e bússola desta tese. Partindo desse diálogo intertextual, anotamos as interseções das tramas e dos múltiplos temas nelas enfeixadas; as concepções estruturais das duas obras, ambas assentadas na numerologia do mundo antigo; as relações imagéticas, simbólicas e alegóricas; e as ressonâncias de ordem existencial. Em termos de estruturação, recorremos à seguinte secção: são três os amores de Abel e três as partes em que se divide a Commedia. No esquema ilustrativo, associamos, respectivamente, ao Inferno, Purgatório e Paraíso, Cecília, Roos e , alegoricamente representadas, segundo o conceito que propomos como poética da Queda, à luz da doutrina existencialista de Jean-Paul Sartre. Explicamos que, em Avalovara, em sentido contrário ao disposto no arco Paraíso-Degredo, inverte-se a rota mítica, encenando-se o caminho reverso à expulsão do Éden, por se partir da figura da Queda para o Jardim disposto no tapete dos amantes. Pela poética da Queda é justamente a falta que impele Abel ao “ato de buscar”, o que o filia à frágil e controvertida condição do homem moderno, com seu porvir incerto e afastado do sagrado, sem refúgio e redenção. No entrecruzamento entre tradição e inovação, a título de ilustração e confirmação de nossa hipótese, relacionamos obras modernas, como Guernica, de Picasso, e Angelus Novus, de Paul Klee, a situações narrativas e personagens avalovareanos e dantescos. Além de Sartre, os teóricos que nos acompanham são Walter Benjamin, George Steiner, Paul Zumthor, Eric Auerbach e Giorgio Agamben. Ao aderir ao horizonte de banimento, ruptura e exílio, Avalovara, pela poética da Queda, parte da narrativa bíblica do Gênesis, como núcleo irradiador de uma rede de símbolos e da própria investigação do nascimento da linguagem, para delinear um tempo – a contemporaneidade – atravessado por buscas, instabilidades e incertezas. Desse modo, o romance se aproxima da filosofia de Jean-Paul Sartre: a radicalidade da liberdade e da angústia como condição da existência, o homem como medida e futuro do homem. | |
dc.language | Português | |
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dc.rights | Acesso Aberto | |
dc.title | Por uma poética da Queda : Avalovara em diálogo com A Divina Comédia | |
dc.type | Tesis |